Se há uma coisa com a qual os fãs de blockbusters (especialmente os de super-heróis) não precisam se preocupar, é com a morte de seus personagens queridos. Matar um coadjuvante carismático ou até mesmo o próprio protagonista pode ser um recurso comum para provocar uma reação mais emocional do público ou levar o herói à superação, mas, tão usual quanto isso, é vermos retornarem dos mortos (frequentemente sob justificativas ridículas) esses mesmos personagens – seja minutos depois ou alguns filmes mais tarde.
Pensando nisso, selecionamos algumas das ressurreições mais controversas do cinema:
Nick Fury – Universo Cinematográfico Marvel
Em "Capitão América: Soldado Invernal", o diretor da S.H.I.E.L.D. Nick Fury (Samuel L. Jackson) é morto a tiros pelo Soldado Invernal, mas, minutos depois, reaparece, tendo “forjado a própria morte” na sala de cirurgia para poder trabalhar fora dos radares.
Phil Coulson – Universo Cinematográfico e Televisivo Marvel
Ninguém queria ver um dos personagens mais divertidos do Universo Cinematográfico Marvel morrer e, talvez, o estúdio tenha percebido isso tarde demais. Tendo vindo de uma experiência vasta com quadrinhos, porém, ressuscitar o agente Phil Coulson – morto por Loki em “Os Vingadores” – não foi problema nenhum: meses depois, ele estava de volta na série de TV “Agents of S.H.I.E.L.D.”. A explicação para a sua sobrevivência foi bem mais elaborada que o comum e demorou três temporadas para ser revelada.
Dr. Okun – Franquia Independence Day
Na sequência hiper-tardia de “Independence Day”, "Independence Day: O Ressurgimento", o Dr. Okun – morto por um alienígena no primeiro filme (com direito a medição de pulso e tudo) – reaparece, sendo explicado que ele, na verdade, não morreu, mas ficou em coma por 20 anos. Para coroar, ele desperta milagrosamente quando a nova nave está prestes a pousar.
Ellen Ripley – Franquia Alien
No quarto filme da franquia “Alien”, convenientemente chamado de "Alien: A Ressurreição", Ellen Ripley é clonada – junto com a rainha-mãe que ela carregava, porque os militares humanos, duzentos anos após os eventos do terceiro filme, ainda não aprenderam que não se deve conduzir experiências com alienígenas assassinos.
Abraham Whistler – Franquia Blade
Quer forma melhor de despertar a raiva no protagonista do que matar sua figura paterna? Em “Blade”, Whistler (Kris Kristofferson) se mata (fora de quadro) para não se transformar num vampiro. Já no segundo filme, o público descobre que ele não morreu, mas foi sequestrado por uma gangue inimiga e teve sua transformação concluída.
Letty – Franquia Velozes e Furiosos
No quinto filme da franquia “Velozes e Furiosos”, Letty se envolveu com algumas pessoas perigosas e acabou sendo perseguida e morta – com direito a um funeral cheio de chororô. No sexto filme, porém, descobrimos que ela não levou os tiros que ouvimos, mas foi arremessada pela explosão do carro e perdeu a memória (mas ainda se lembra de como dirigir).
Neo - Trilogia Matrix
O que falar da ressurreição de Neo no primeiro filme da trilogia Matrix? É claro que parte da explicação vem do fato de ele ser “O Escolhido” e de a morte (a tiros, disparados pelo Agente Smith) ter ocorrido dentro da Matrix, mas as Wachowskis realmente tentaram fazer o público acreditar que quem o salvou foi o beijo apaixonado de Trinity, lá no mundo “real”.
Trinity – Franquia Matrix
Um milagre por outro: depois de Trinity ressuscitar Neo no primeiro filme, é a vez do herói devolver o favor em "Matrix Reloaded". Aqui, a mágica é ainda mais complexa: depois de salvá-la de uma queda vertiginosa, ele percebe que ela tem uma bala no peito e resolve tirá-la com a mão. Na verdade, seu braço se transforma em códigos da Matrix e consegue invadir o corpo de Trinity sem matá-la. Segundos depois, o coração dela para – e ele repete o processo para bombeá-lo manualmente.
Spock – Franquia Star Trek
No segundo longa-metragem de Star Trek, "A Ira de Khan", o amado personagem de Leonard Nimoy protagoniza uma das cenas mais emocionantes de toda a franquia (mais tarde repetida em “Star Trek: Além da Escuridão”): para salvar a equipe, Spock se expõe à radiação e, através de uma parede de vidro, se despede do amigo e capitão Kirk. Dois anos depois, porém, ele é ressuscitado no terceiro filme por um planeta milagroso e retorna como uma criança, mas cresce rapidamente e logo alcança a forma conhecida pelos fãs. O filme, inclusive, foi dirigido por Nimoy.
Gandalf – Trilogia O Senhor dos Aneis
Depois de lutar contra o temível Balrog e derrubá-lo em “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel”, Gandalf é surpreendido pela cauda do monstro e acaba caindo, também, para dentro de um precipício. No ano seguinte, em “As Duas Torres”, o mago reaparece, mas, desta vez, veste um manto branco e se apresenta como “Gandalf, O Branco” – o que lhe confere mais poder e respeito entre os magos.
Xavier – Franquia X-Men
Uma das mortes “desfeitas” mais mal explicadas do cinema é a do professor Xavier (Patrick Stewart) na franquia X-Men. Em “X-Men: O Confronto Final”, o personagem é desintegrado pelo poder de Jean Grey, o que tem um efeito devastador sobre a equipe – mas, em “Dias de Um Futuro Esquecido”, ele reaparece (tanto no futuro quanto no passado) como se nada tivesse acontecido. Neste caso, o roteiro nem se preocupa em tentar explicar o milagre.
Michael Myers – Franquia Halloween
Quando uma franquia se estende demais, é provável que qualquer tentativa de encerrar a história no auge seja logo anulada por uma sequência genérica. No caso de “Halloween”, o assassino Michael Myers é finalmente derrotado no sétimo filme da série, tendo sua cabeça cortada por Laurie (Jamie Lee Curtis). Já em “Halloween: Ressurreição”, é explicado que quem morreu não foi Myers, mas sim um paramédico inocente que vestia sua máscara e suas roupas.
Por Redação
Atualizado em 6 Jul 2016.