De adaptações os cinemas estão cheios. Todos os anos, dezenas de livros chegam às telas em versões mais ou menos fiéis, mas algumas delas chamam a atenção pela originalidade. O Guia da Semana separou 15 livros que ganharam releituras bem diferentes, como o recém-lançado “Orgulho e Preconceito e Zumbis”. Confira:
Livro: Orgulho e Preconceito (Jane Austen)
Filme 1: Orgulho e Preconceito e Zumbis (2016)
Baseado no livro homônimo (uma releitura do clássico de Jane Austen por Seth Grahame-Smith), “Orgulho e Preconceito e Zumbis” traz os personagens originais do romance num contexto diferente: uma Inglaterra do século XIX devastada por uma epidemia de zumbis. Leia a crítica do filme.
Filme 2: O Diário de Bridget Jones
Bridget Jones é uma versão mais atrapalhada de Elizabeth Bennet, mais humanizada e atualizada para os anos 2000, mas seus dilemas amorosos são os mesmos: admitir os sentimentos pelo orgulhoso e insuportável Sr. Darcy (interpretado pelo mesmo Colin Firth que viveu Darcy na adaptação de 1995) ou ceder aos encantos do nada confiável Daniel Cleaver ?
Livro: Romeu e Julieta (William Shakespeare)
Filme 1: Romeu + Julieta (1996)
Dirigida por Baz Luhmann, esta versão moderna de “Romeu e Julieta” traz a briga entre Montecchios e Capuletos a Verona Beach, com Leonardo DiCaprio e Claire Denes nos papéis principais. O filme mantém os diálogos originais de Shakespeare.
Filme 2: Amor, Sublime Amor (1961)
Outra versão modernizada (já não tão moderna) do romance shakespeariano é “Amor, Sublime Amor”. O filme acompanha dois jovens apaixonados que pertencem a gangues rivais em Nova York.
Livro: Frankenstein (Mary Shelley)
Filme 1: Frankenweenie (2012)
Na animação de Tim Burton, Frankenweenie é o cãozinho do pequeno Victor Frankenstein, um garoto que ama cinema e sonha em ser cientista, e que consegue trazer seu animal de volta à vida após um acidente fatal.
Filme 2: Frankenstein – Anjos e Demônios (2014)
A releitura mais recente do drama de Mary Shelley traz pouca semelhança com o original. Aqui, a Criatura se une a gárgulas numa batalha contra demônios, passando por duzentos anos de história.
Peça: Pigmaleão (Bernard Shaw)
Filme 1: My Fair Lady (1964)
Audrey Hepburn é a estrela dessa versão hollywoodiana da “garota simples transformada em dama”, que é o mote do romance de Shaw. No filme, um professor especializado em fonética aposta que pode transformar uma florista de sotaque caipira numa verdadeira socialite.
Filme 2: Uma Linda Mulher (1990)
No longa de Garry Marshall, Julia Roberts faz as vezes da mulher transformada, mas, aqui, ela começa como prostituta e termina como a namorada de um dos homens mais ricos do país.
Conto: Cinderela/ Cendrillon (Charles Perrault)
Filme: Para Sempre Cinderela (1998)
No adorável romance com Drew Barrymore, a história de Cinderela (no caso, Danielle) é praticamente a mesma da gata borralheira, mas com um “twist”: Leonardo Da Vinci ajuda a garota com conselhos e invenções.
Peça: A Megera Domada (William Shakespeare)
Filme: 10 Coisas Que Eu Odeio em Você (1999)
O clássico teen dos anos 90 é, também, uma releitura de uma peça de Shakespeare nos tempos atuais. Kat (Julia Stiles) é uma versão de Katherine, a megera que precisa ser “domada” para que sua irmã mais nova possa ser cortejada – ou, nesse caso, possa ir ao baile da escola com um garoto.
Peça: Hamlet (William Shakespeare)
Filme: O Rei Leão (1994)
Uma das animações mais famosas da Disney é inspirada num clássico de Shakespeare. Em “O Rei Leão”, como em “Hamlet”, um rei é assassinado pelo irmão e seu filho volta para buscar vingança e assumir o trono.
Livro: Emma (Jane Austen)
Filme: As Patricinhas de Beverly Hills (1995)
Alguns fãs não sabem, mas o clássico dos anos 90 é uma releitura do livro “Emma”, de Jane Austen. Cher (Alicia Silverstone), rica, popular e bonita, é como Emma, que também perde a mãe não recebe muita atenção do pai. Os demais personagens também assumem as mesmas funções que os do livro.
Peça: Muito Barulho Por Nada (William Shakespeare)
Filme: Muito Barulho Por Nada (2012)
Em 2012, Joss Whedon aproveitou uma pausa nas gravações de “Vingadores” e filmou “Muito barulho por nada” em tempo recorde, em sua própria casa e com atores que eram seus amigos. O resultado é uma versão moderna e despretensiosa da comédia shakespeariana, em preto e branco.
Livro: As Aventuras de Pinóquio (Carlo Collodi)
Filme: I.A. Inteligência Artificial (2001)
O projeto que nasceu da imaginação de Stanley Kubrick e só foi realizado após sua morte, por Steven Spielberg, transporta o personagem italiano para um futuro distante, no qual robôs e humanos convivem em delicada harmonia. No filme, um menino robô faz de tudo para se tornar um menino de verdade e, assim, conquistar o amor de sua mãe humana.
Conto: João e Maria (Irmãos Grimm)
Filme: João e Maria – Caçadores de Bruxas (2013)
Outro clássico que ganhou uma roupagem bastante diferente nos cinemas foi “João e Maria”. A história das crianças aprisionadas por uma bruxa numa casa de doces se transformou numa história de ação, que começa depois que as crianças matam a bruxa e se tornam caçadores especializados.
Livro: As Ligações Perigosas (Choderlos de Laclos)
Filme: Segundas Intenções (1999)
Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillipe e Reese Witherspoon protagonizam essa versão contemporânea do romance de intrigas de Choderlos de Laclos. No filme, dois irmãos da elite de Manhattan manipulam a filha do diretor da escola por diversão.
Conto: A Pequena Sereia (Hans Christian Andersen)
Filme: Ponyo – Uma amizade que veio do mar (2008)
Dirigido por Hayao Miyazaki, “Ponyo” é uma versão mais infantil do conto de Andersen, mas traz algumas semelhanças sombrias – como a possibilidade de a peixinha se transformar em espuma caso seu amigo falhe num teste, como acontece com a sereia. No filme, um garotinho se encanta por uma princesa peixinha, que deseja virar humana.
Livro: O Mágico de Oz (L. Frank Baum)
Filme: Oz: Mágico e Poderoso (2013)
O filme de 2013 conta a história de Oz pelo ponto de vista do Mágico, que é um mero ilusionista transportado para o mundo fantástico, que precisa fingir que realmente tem poderes.
Peça: O Rei Lear (William Shakespeare)
Filme: Ran (1985)
O clássico de Akira Kurosawa é baseado em outro clássico, de William Shakespeare. No filme, ambientado no Japão feudal, o patriarca de um clã divide suas terras entre os três filhos, mas é traído por dois deles.
Por Juliana Varella
Atualizado em 24 Fev 2016.