A primeira cena tem que ser, de preferência, em um restaurante. Na discussão acalorada entre aqueles que parecem ser os personagens principais, referências à cultura pop surgem a dar com o rodo. Um deles resolve cortar o blá, blá, blá. Parte para ação. Um estrondo. Sobe a trilha sonora instrumental de acordes efervescentes. Enfim, os créditos iniciais. Seja bem-vindo, você está em um típico filme de Tarantino!
Agora você vai conhecer filmes de Quentin Tarantino que marcaram a história do cinema dos anos 90 para cá; Confira:
Bastardos Inglórios (2009)
Tarantino resolveu reescrever a história da Segunda Guerra Mundial ao inventar novas emboscadas para Hitler e convocar um grupo de dizimados do exército comandados por Brad Pitt para escalpelar alemães. O primeiro filme de “época” — se é que podemos classificá-lo assim — de Tarantino foi bem recebido pela crítica, tendo o ator coadjuvante Chistoph Waltz arrebatado um Oscar pela sublime atuação como o impassível coronel Hans Landa.
À Prova de Morte (2007)
Com esse longa de curta duração, a intenção de Tarantino foi homenagear as “Grindhouses” americanas, sessões de cinema que exibiam filmes de terror trash durante as madrugadas. A liberdade e o baixo orçamento que caracterizam o formato permitiram que Tarantino brincasse ainda mais com diálogos inacabáveis e uma improvável perseguição na estrada protagonizada por Kurt Russel. Detalhe: o final é o mais rocambolesco de toda sua filmografia.
Sin City (2005)
Ao lado do parceiro cineasta Robert Rodriguez, Tarantino dirigiu um dos segmentos de Sin City, na época um projeto que ousava ao transpor todo o clímax das histórias em quadrinhos de super-heróis, no caso, uma Graphic Novel de Frank Miller, para as telonas. A sequência dirigida por Tarantino envolve um bad guy vivido por Clive Owen, que tenta salvar uma garota de programa das garras do cafetão interpretado por Benício Del Toro. O salário que Tarantino cobrou? Pasmem: uma simbólica nota de 1 dólar.
Kill Bill: Vol 1 (2003) e Kill Bill: Vol 2 (2004)
Um dos filmes mais aclamados por sua larga base de fãs, “Kill Bill” teve que ser dividido em duas partes em função do excesso de sanguinolência — elevado até para os padrões de Tarantino. O filme acompanha a saga da Noiva interpretada por Uma Thurman que metodicamente se vinga de um por um dos seus inimigos, na base da check list. Com “Kill Bill”, Tarantino conseguiu a proeza de homenagear não só os filmes de Samurai como o Bangue-Bangue à Italiana, antecipando o rumo que iria tomar com “Django Livre” (2012).
Jackie Brown (1997)
O amor de Tarantino pelos filmes B — os chamados “bad exploitation films” de qualidade cinematográfica questionável — foi elevado à enésima potência com Jackie Brown. Para o papel principal, o cineasta ressuscitou uma musa do gênero, Pam Grier, que, por sinal, se saiu muito bem atuando ao lado de medalhões como Robert De Niro, Michael Keaton e Samuel L. Jackson. Ah sim, a história gira em torno de uma aeromoça que cai no meio de um arranca-rabo entre a polícia e um traficante de armas.
Pulp Fiction (1994)
O que ainda não foi dito sobre o maior clássico de Tarantino, o filme que reergueu a carreira de John Travolta, alçou Samuel L. Jackson ao primeiro escalão de Hollywood e transformou para sempre a até então simplória experiência de comer um Big Mac?
Cães de Aluguel (1992)
“Cães de Aluguel” é Tarantino nu e cru. Impossível assistir e não sentir um pouco de sangue resvalar no seu colo. A essência do cinema de Tarantino está toda aqui: a narrativa sequenciada, a trilha irreverente, os diálogos com referências à cultura pop e, principalmente, a trama aparentemente desconexa que desemboca em um mesmo tiroteio (se não se tratasse de um dos filmes de Quentin Tarantino, alguém até diria que essa informação foi um spoiler!).
Depois de passar a limpo os principais filmes de Quentin Tarantino, temos um convite a fazer. Que tal correr atrás de trabalhos menos conhecidos — ou pelo menos não tão divulgados — do cineasta? Vale a pena revirar a web atrás de preciosidades como episódios de “CSI” e “Plantão Médico” dirigidos por ele, ou mesmo filmes que você não sabia que haviam sido escritos pelo cara, como “Assassinos por Natureza” e “Amor à Queima Roupa”. Se quiser, pode se aventurar pela sua filmografia como ator e conferir Tarantino se transformando em vampiro ou zumbi. Mas estejam advertidos: o Tarantino ator pode não ser tão clássico assim, no entanto a garantia de diversão é a mesma!
Django Livre (2013)
Django (Jamie Foxx) é um escravo liberto cujo passado brutal com seus antigos proprietários leva-o ao encontro do caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Schultz está em busca dos irmãos assassinos Brittle, e somente Django pode levá-lo a eles. O pouco ortodoxo Schultz compra Django com a promessa de libertá-lo quando tiver capturado os irmãos Brittle, vivos ou mortos.
Os Oito Odiados (2016)
Durante uma nevasca, o carrasco John Ruth (Kurt Russell) está transportando uma prisioneira, a famosa Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh), que ele espera trocar por grande quantia de dinheiro. No caminho, os viajantes aceitam transportar o caçador de recompensas Marquis Warren (Samuel L. Jackson), que está de olho em outro tesouro, e o xerife Chris Mannix (Walton Goggins), prestes a ser empossado em sua cidade. Como as condições climáticas pioram, eles buscam abrigo no Armazém da Minnie, onde quatro outros desconhecidos estão abrigados. Aos poucos, os oito viajantes no local começam a descobrir os segredos sangrentos uns dos outros, levando a um inevitável confronto entre eles.
Era Uma Vez Em... Hollywood (2019)
Los Angeles, 1969. Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é um ator de TV que, juntamente com seu dublê, está decidido a fazer o nome em Hollywood. Para tanto, ele conhece muitas pessoas influentes na indústria cinematográfica, o que os acaba levando aos assassinatos realizados por Charles Manson na época, entre eles o da atriz Sharon Tate (Margot Robbie), que na época estava grávida do diretor Roman Polanski (Rafal Zawierucha).
Atualizado em 31 Jul 2019.