Nem todos os filmes são fáceis de assistir. Alguns, seja porque abusam da violência explícita, seja porque discutem tabus com uma honestidade gritante, são feitos para serem perturbadores e deixam uma impressão muito mais duradora no expectador.
O Guia da Semana selecionou 10 filmes extremamente perturbadores para você não dizer que não avisamos. Confira e prepare o estômago:
Laranja Mecânica (1971)
O clássico de Stanley Kubrick é uma adaptação do livro de Anthony Burgess, que cunhou o termo “ultraviolência”. O protagonista é um jovem delinquente que pratica roubos, espancamentos, invasões e estupros com sua gangue, por diversão. Quando ele finalmente é preso, o governo o submete a um tratamento de choque para tentar reverter seu comportamento violento – mas o que ele enfrenta ao voltar às ruas é ainda pior.
Saló ou 120 dias de Sodoma (1975)
Filme mais polêmico da carreira de Pier Paolo Pasolini, “Salò” se inspira no romance “Os 120 Dias de Sodoma”, de Marquês de Sade, para narrar com imagens explícitas a história de quatro generais fascistas que submetem nove adolescentes (homens e mulheres) a 120 dias de tortura física e psicológica de cunho sexual.
Faces da Morte (1978)
Doentio, mas bastante famoso no circuito independente, o documentário reúne diversas imagens de morte humana ou animal. Algumas são encenadas, outras retiradas de jornais e registros oficiais, como os vídeos da Guerra do Vietnã ou da Segunda Guerra Mundial. No caso dos animais, há imagens abundantes de abatedouros (capazes de transformar qualquer pessoa em vegetariana) e uma cena icônica em que um macaco vivo tem o cérebro comido num jantar exótico.
Canibal holocausto (1980)
Como se não bastasse fazer um filme sobre uma tribo canibal na Amazônia (alô, Eli Roth?) e mostrar toda a violência com detalhes, o filme de Ruggero Deodato teve cenas reais de assassinato de animais e o diretor inclusive chegou a ficar preso por alguns dias, porque acharam que os atores tinham sido mortos também. Isso porque o elenco teve que assinar um contrato para permanecer longe das câmeras por um ano, para manter a “ilusão” do filme.
Violência Gratuita (1997)
O filme de Michael Haneke, que ganhou um remake americano em 2007, mostra uma dupla de sádicos que invadem a casa de uma família, de férias numa casa isolada, para realizar uma série de torturas físicas e psicológicas em todos (pai, mãe e filho) antes de matá-los. Tudo, sem objetivo nenhum a não ser a própria diversão.
Irreversível (2002)
Do mesmo diretor do também polêmico “Love”, “Irreversível” conta a história de uma mulher (Monica Bellucci) que é brutalmente violentada numa passarela de Paris. Enquanto seu namorado e seu ex se empenham em encontrar e punir o culpado, ela percebe que sua vida nunca mais será a mesma.
O Albergue (2005)
Filme mais bem-sucedido do sempre grotesco Eli Roth, “O Albergue” mostra o horror vivido por um grupo de mochileiros que visitam um albergue na Eslováquia, acreditando ser um paraíso hedonista, e encontram um verdadeiro açougue humano.
Anticristo (2009)
mais perturbador de Lars Von Trier. Intenso, explícito e cheio de simbolismos, o longa acompanha a decadência de um casal que perde seu único filho por negligência.
A Centopeia Humana (2009)
Acredite se quiser: “Centopeia Humana” é um filme sobre um cientista maluco que costura suas vítimas umas às outras, de forma que elas se transformem numa “centopeia” – ou seja, com a boca de um presa ao ânus do outro. Dispensa explicações.
A Gangue (2014)
O drama ucraniano é perturbador em diversos níveis. Primeiro, é todo falado em linguagem de sinais (ucraniana) e, propositalmente, sem legendas. Por conta disso, o público fica confuso e inseguro em diversas cenas, mas o contexto geral é facilmente compreendido: um novato chega ao internato para adolescentes surdos-mudos e descobre que o local é comandado por uma gangue de delinquentes. Em segundo lugar, a violência daqueles jovens é assustadora e há diversas cenas explícitas fotografadas com maestria – como uma de sexo e outra de aborto.
Por Juliana Varella
Atualizado em 12 Nov 2015.