Dizem que a arte imita a vida e vice-versa. No caso do cinema, a relação parece ser bem lucrativa, já que os filmes inspirados por histórias reais se proliferam como nunca. Alguns se destacam, conseguindo extrair da realidade os detalhes mais tocantes e enriquecendo-os com alguns toques de fantasia.
Confira 10 filmes inesquecíveis baseados em histórias reais:
Os Bons Companheiros
O clássico de Martin Scorsese é uma adaptação do livro “Wiseguy”, escrito pelo jornalista Nicholas Pileggi sobre o criminoso Henry Hill (interpretado por Ray Liota), que narra s seu envolvimento com a família mafiosa Lucchese entre os anos 50 e 80.
A Lista de Schindler
Spielberg adaptou o livro “Schindler’s Ark” (traduzido aqui com o mesmo nome do filme), de Thomas Keneally, levando aos cinemas de forma definitiva a história de Oskar Schindler, um empresário alemão que decidiu proteger centenas de poloneses judeus durante o Holocausto, empregando-os em sua fábrica.
Prenda-me se for capaz
A impressionante história do farsista Frank Abagnale (vivido por Leonardo DiCaprio), que se fez passar por todo o tipo de identidades, incluindo as de um piloto e um médico, é baseada num personagem real, que hoje trabalha para o FBI. No filme, Frank é perseguido por um policial interpretado por Tom Hanks.
Hotel Ruanda
“Hotel Ruanda” relembra um dos momentos mais sangrentos da história mundial, quando o longo conflito entre Hutus e Tutsis resultou num genocídio em Ruanda, país vizinho do Congo, em 1994. Don Cheadle interpreta Paul Rusesabagina, o gerente do Hôtel des Mille Collines que abriu suas portas para os refugiados da guerra.
À Procura da Felicidade
Will Smith e seu filho Jaden Smith fizeram muita gente sair do cinema com os olhos inchados em 2006, dramatizando a história real do investidor Chris Gardner. Depois de perder a mulher e o trabalho, ele decidiu transformar sua vida se tornando um corretor de ações – mas, até chegar lá, enfrentou quase um ano de vida sem-teto, dormindo com o filho em albergues até conquistar seu sonho.
O Escafandro e a Borboleta
O emocionante filme de Julian Schnabel é a adaptação de um livro de memórias escrito pelo próprio protagonista, Jean-Dominique Bauby (interpretado nos cinemas por Mathieu Amauric), com a ajuda de uma enfermeira. Bauby era um editor de moda até sofrer um derrame, que o deixou completamente paralisado, exceto por um dos olhos. Foi utilizando esse único meio de comunicação que ele produziu sua obra.
Um Sonho Possível
Quem acreditaria na história de uma mulher de classe alta que adota um jovem negro, pobre e muito maior do que ela, e o ajuda a se tornar um grande atleta de futebol americano, além de lhe dar um lar e uma família? A trama parece absurda, mas aconteceu de verdade com Michael Oher (Quinton Aaron) e Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock), dando origem a um dos filmes mais bonitos dos últimos anos.
127 Horas
Quem não se arrepiou quando Aron Ralston (James Franco) serrou o próprio braço (num processo demorado e sangrento) para escapar da morte no deserto de Moab? A história, baseada na vida real de Ralston, não poderia ser mais simples, mas foi narrada com tanta vitalidade e realismo por Danny Boyle e Franco que, mesmo sabendo o final, o público saiu dos cinemas chocado.
Fruitvale Station
Eventos de abuso de poder, como o que inspirou “Fruitvale Station”, acontecem rotineiramente nos EUA como no Brasil, por isso este é um filme que precisa ser lembrado. Michael B. Jordan faz um grande trabalho no papel de Oscar Grant, um jovem negro americano que, após se envolver com diversos pequenos delitos e tentar se reabilitar, é encurralado pela polícia numa estação de metrô, sem qualquer argumento. A truculência dos oficiais foi filmada por celulares de testemunhas e ajudaram a contar a história.
Selma
Muitos filmes já contaram a história dos conflitos raciais nos EUA, mas nenhum consegue provocar a imersão do espectador com a mesma intensidade de “Selma”, de Ava Duvernay. David Oyelowo interpreta Martin Luther King Jr. num período bem específico de sua vida: já reconhecido pelas autoridades e dono de um Nobel da Paz, ele decide continuar a luta envolvendo-se com os ativistas de Selma, uma cidadezinha no sul onde a população negra estava sendo proibida de votar.
Por Juliana Varella
Atualizado em 28 Mai 2015.