Se o Rio de Janeiro é a cidade brasileira mais explorada pelo cinema internacional por suas praias e belezas naturais, São Paulo oferece um interesse muito mais exótico, com seus extremos sociais, um povo multicultural em constante choque e harmonia, com faces de tradição e modernidade.
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Para conhecer melhor alguns dos bairros típicos de São Paulo e compreender a rotina desta metrópole, o Guia da Semana selecionou 10 filmes gravados na cidade, com todo o sotaque paulistano.
Confira:
As Melhores Coisas do Mundo (Laís Bodanzky, 2010)
No longa adolescente, Laís Bodanzky mostra a realidade de estudantes da classe média paulistana, lidando com problemas comuns da idade e interagindo à sua moda com a cidade: o protagonista cruza diferentes bairros de bicicleta e toca violão com os amigos em praças como a do Pôr do Sol, na Vila Madalena.
2 Coelhos (Afonso Poyart, 2012)
Pouco comum no cinema nacional, o filme de ação estilo quebra-cabeças de Afonso Poyart explora o centro de São Paulo, das padarias tradicionais ao seu lado mais “cinza”, coberto por concreto e grafite. É possível ver relances do edifício Copan e da Praça Roosevelt, por exemplo.
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (Cao Hamburguer, 2006)
As comunidades de diferentes etnias que formaram o bairro do Bom Retiro, incluindo especialmente os judeus, formam a nova família do pequeno Mauro, cujos pais desapareceram durante a ditadura militar, mas que, por enquanto, só precisa se preocupar com a proximidade da Copa do Mundo.
Carandiru (Hector Babenco, 2003)
O presídio localizado na Zona Norte de São Paulo, desativado em 2002, tornou-se logo cenário para um dos filmes mais sangrentos do cinema nacional – depois de ter sido palco de alguns dos episódios mais violentos da história da cidade.
O Casamento de Romeu e Julieta (Bruno Barreto, 2005)
O que seria dos paulistanos sem as rivalidades entre seus times de futebol? Romeu é corintiano roxo, Julieta é palmeirense. Enquanto tentam conquistar as famílias rivais, os dois namorados passam por estádios tradicionais de São Paulo, como o Parque Antártica e o Pacaembu.
Plastic City (Nelson Yu Lik-wai, 2008)
O chinês Nelson Yu Lik-wai decidiu filmar em São Paulo, no bairro da Liberdade, seu suspense noir envolvendo um contrabandista chinês e seu filho, donos do comércio na região. A história, tirando os excessos de violência romantizada, lembra a dos comandantes dos famosos “Xing-lings” da capital.
São Silvestre (Lina Chamie, 2013)
A corrida de São Silvestre acontece todos os anos no dia 31 de dezembro, atraindo atletas amadores de todos os estados e profissionais de diferentes países – em especial o Quênia. Em 2013, a diretora Lina Chamie reuniu esses corredores numa série de depoimentos que tentam explicar a “febre” que começa e termina na Avenida Paulista desde 1925.
Chega de Saudade (Laís Bodanzky, 2008)
Os bailinhos da terceira idade fazem parte da rotina paulistana e alguns endereços já se tornaram célebres, como os clubes Piratininga e União Fraterna. O longa de Laís Bodanzky aproveita esse ambiente para discutir a velhice e a solidão.
Cidade Cinza (Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo, Brasil, 2013)
Os grafites que adornam São Paulo de ponta a ponta enchem de cor o documentário de Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo. Inspirados por um conflito entre grafiteiros e a prefeitura, quando um gigantesco mural foi pintado de cinza, os diretores acompanharam a realidade desses artistas e compararam a situação paulistana com a de outros países.
O Cheiro do Ralo (Heitor Dhalia, 2007)
Selton Mello vive o dono de uma loja de penhores no bairro industrial da Mooca, um dos mais tradicionais da cidade. Ele passa os dias humilhando seus clientes e encarando-os como objetos, até que se vê obrigado a se envolver com eles, humanizando-os e a si mesmo. Inspirado no livro de Lourenço Mutarelli.
Por Juliana Varella
Atualizado em 15 Jan 2015.