Estreia no dia 28 de julho o novo longa de Steven Spielberg, “O Bom Gigante Amigo”, inspirado no livro homônimo de Roald Dahl. O filme conta a história de uma garotinha órfã que é sequestrada por um gigante e forma uma grande amizade com ele, mas precisa se proteger de outros gigantes comedores de crianças. Quer saber se este filme vale o seu ingresso? Confira 2 motivos para ver e 3 para não ver “O Bom Gigante Amigo” nos cinemas:
Motivos para ver:
Fotografia
O visual mágico é um dos pontos altos do filme. Tanto na cidade inglesa (que parece um cenário de stop-motion) quanto na Terra dos Gigantes, prevalecem os ambientes escuros iluminados por pequenos focos de luz coloridos, normalmente em tons de amarelo, roxo ou azul. A sensação é de se estar dentro de um sonho.
Elenco
Mark Rylance chamou a atenção do mundo no início do ano, quando levou o Oscar de Ator Coadjuvante por “Ponte dos Espiões”, também de Spielberg. Aqui, ele dá vida ao gigante bondoso e contracena com a estreante Ruby Barnhill, que interpreta a inteligente e carente Sophie.
Motivos para não ver:
Roteiro
A história do clássico infantil poderia ter sido um prato cheio para a imaginação juvenil de Spielberg, mas alguma coisa saiu dos trilhos – e suspeitamos que tenha sido o roteiro. Escrito por Melissa Mathison (“E.T. – O Extraterrestre” e “A Chave Mestra”), o texto se apressa em mostrar o Bom Gigante Amigo, não trabalha o contexto anterior de Sophie, no orfanato, nem mostra em detalhes como é o mundo dos gigantes. Além disso, falta ritmo e a aventura acaba se revelando enfadonha e sem emoção.
Tom
Um dos grandes problemas do filme é o tom ingênuo e pastelão que ele adota, em contraste com o visual sombrio e fantasioso. Depois de apresentar os gigantes como seres ignorantes (a ponto de se importarem com uma menina que mal serviria de aperitivo a um único membro do bando) e explorar piadas com gases e pancadas, o roteiro busca soluções como uma visita à rainha ou uma adoção milagrosa. Para comprar essas ideias, será preciso um público de, no máximo, oito ou nove anos de idade.
CGI
Apesar de ter cenários belíssimos, o longa escorrega quando se tratam das criaturas. Os gigantes têm rostos expressivos, mas seus corpos balançam pelos campos e cidades desajeitadamente, sem o peso necessário e com proporções que mudam a cada cena.
Por Juliana Varella
Atualizado em 29 Jul 2016.