Estreia nesta quinta-feira (29) um filme que está dando o que falar. “Uma Dobra no Tempo”, aventura fantástica e infantil da Disney, é a adaptação do livro de Madeleine L’Engle, de 1962, e conta a história de uma garota (vivida pela estreante Storm Reid) que, quatro anos depois do desaparecimento do pai, é convocada por três criaturas mágicas para procurá-lo, em algum lugar distante no universo.
Achou interessante? Confira 3 motivos para ver essa estreia (e 3 para escolher outro filme):
Para ver:
1. Ava DuVernay
Foto: Shutterstock
Com “Uma Dobra no Tempo”, Ava DuVernay ( “Selma”, “A 13ª Emenda”) se torna a primeira diretora negra a comandar um filme de alto orçamento (acima de US$ 100 milhões) e apenas a terceira mulher em toda a História a fazer o mesmo, atrás de Patty Jenkins e Kathryn Bigelow. Isso, por si só, já seria um bom motivo para conferir o filme, mas a diretora também é uma referência por sua postura fora do set, sempre defendendo a paz e a empatia entre as pessoas.
2. Reese, Mindy, Oprah
Foto: Divulgação/Walt Disney Pictures
Além de Ava, outras três figuras inspiradoras habitam o filme: Reese Witherspoon, Oprah Winfrey e Mindy Kailing encarnam entidades sobrenaturais que guiam a protagonista em sua jornada, ensinando-a a aceitar a si mesma, a compreender seus colegas e a se desafiar. As três são mulheres notáveis também longe das telas, representando lutas constantes por direitos iguais, respeito e generosidade.
3. Boas mensagens
Foto: Divulgação/Walt Disney Pictures
O filme passa às crianças mensagens importantes, especialmente sobre autoestima e confiança. Com uma protagonista negra e insegura com seus cabelos, que vive sofrendo bullying na escola após a perda do pai, essa lição pode ser muito valiosa.
Para deixar para depois:
1. Ritmo
Foto: Divulgação/Walt Disney Pictures
Infelizmente, as boas intenções do filme não se convertem numa experiência tão envolvente. O ritmo é um problema: lento demais, dificilmente vai empolgar as crianças, que são seu público-alvo.
2. Didatismo
Foto: Divulgação/Walt Disney Pictures
Para os adultos, o saldo também não é positivo. Com discursos “mastigados” demais, sobra pouco para a imaginação do público e os pais podem se entediar com o que soa mais como um livro de autoajuda do que um filme de aventura.
3. Sentimento (ou a falta dele)
Foto: Divulgação/Walt Disney Pictures
Apesar de falar de amor, ódio, saudade e paixão pela ciência, o filme não provoca nenhum desses sentimentos e não consegue emocionar o público, tampouco convencê-lo a comprar suas ideias tão ambiciosas sobre a tal "dobra no tempo", que poderia render uma aventura muito mais interessante.
Atualizado em 1 Abr 2018.