Estreia no dia 25 de agosto o novo e 46º filme de Woody Allen, “Café Society”. Ambientado nos anos 30 entre Hollywood e Nova York, o longa conta a história de um jovem (Jesse Eisenberg) que vai trabalhar na empresa do tio (Steve Carell) e se apaixona pela secretária dele (Kristen Stewart) – que, por acaso, também está tendo um caso com o chefe. Tudo isso se passa em meio a celebridades, estúdios e todas as frivolidades da sociedade hollywoodiana na época.
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Muito Jazz
Este é um Woody Allen e, portanto, Jazz é um pré-requisito. Aqui, a trilha se encaixa perfeitamente com o clima de época e ajuda a dar um tom mais cômico e sarcástico a determinadas cenas.
Destaque para o figurino
Quem gosta de moda vai ficar hipnotizado pelas saias usadas por Kristen Stewart (combinadas com sandálias e meias), os vestidos de Blake Lively, os smokings de Steve Carell ou os suspensórios de Corey Stoll. O figurino, desenhado pela colaboradora frequente de Allen Suzy Benzinger, dá um charme especial ao filme e transporta o público para os anos 30, com um toque extra de fantasia e glamour. Além disso, o vestuário é uma peça narrativa essencial e mostra a evolução dos personagens.
Personagens secundários roubam a cena
Nada de Kristen Stewart e Jesse Eisenberg: quem realmente brilha em “Café Society” são Steve Carell e Corey Stoll. Carell interpreta um agente de atores de Hollywood que não tem tempo para a família, mas que dá uma oportunidade ao sobrinho e acaba se revelando o personagem mais sensível do filme. Já Stoll é o alívio cômico – um gângster que resolve os problemas da família à sua maneira peculiar.
Romance sem sal
“Café Society” é um filme romântico, cuja trama principal gira em torno do relacionamento conturbado entre os personagens de Stewart e Eisenberg. O problema é que a dupla não consegue desenvolver uma química e essa paixão incontrolável, simplesmente, não transparece na tela.
Muito barulho por nada
O maior problema do filme, porém, não são as atuações medianas de seus protagonistas e sim, o roteiro. Depois de estabelecida a relação entre os personagens, falta alguma reviravolta ou surpresa que prenda a atenção do espectador, ou ainda uma mensagem mais profunda que faça com que o longa tenha uma sobrevida além da sessão. Nada disso acontece e a sensação final é de que, apesar de belo, o novo filme de Woody Allen, simplesmente, não tem objetivo nenhum.
Por Juliana Varella
Atualizado em 26 Ago 2016.