Sabe aquela experiência de ir ao cinema e descobrir que TODAS as sessões do filme que você quer ver estão em 3D? Sem opção, você aceita desembolsar um pouco mais para usar um par de óculos desconfortáveis (possivelmente por cima dos seus óculos de grau), passa os primeiros 10 minutos tentando limpar as lentes e ainda sai com a impressão de que o 3D não trouxe nenhuma vantagem para o filme, não é mesmo? Pois temos uma boa notícia: essa inconveniência pode estar com os dias contados!
Em coletiva com a imprensa americana na última semana, executivos da IMAX anunciaram que pretendem reduzir a proporção de filmes exibidos em 3D em seus cinemas, nos Estados Unidos, como resposta a uma “clara preferência” do público por sessões em 2D. A promessa é que, com o tempo, apenas aquelas obras que forem filmadas em 3D e cujo formato seja necessário para a narrativa (por exemplo, filmes com muita computação gráfica, que ganham mais realismo com a técnica) chegarão às telas dessa forma.
Por enquanto, ainda não há previsão para que a mesma estratégia seja adotada no Brasil, mas esse é um primeiro e importante passo para que a tecnologia deixe de ser vista como “padrão”, e seja entendida como o recurso específico que é - algo que funciona em alguns casos e não em todos. Mais importante, é um caminho para que o formato volte a ser opcional para o público, que poderá usufruir das qualidades de uma tela maior (no caso de salas IMAX) sem precisar, necessariamente, se submeter sempre aos óculos de plástico.
Esse “retorno” ao 2D, porém, talvez sirva apenas como uma fase de transição, se considerarmos que o cinema 3D sem óculos é um sonho cada vez mais próximo. Diversas experiências têm sido feitas nesse campo e especula-se que o próximo “Avatar”, de James Cameron, poderá inaugurar essa tecnologia em meados de 2020. Se isso de fato acontecer, o problema dos acessórios estará resolvido... Mas será que o público estará disposto a pagar o preço?
Por Juliana Varella
Atualizado em 8 Ago 2017.