O cinema brasileiro nunca foi tão grande. Seja na quantidade de lançamentos ou nos resultados das bilheterias, a verdade é que o cinema nacional soma, hoje, os melhores números em toda a sua trajetória: apenas em 2016, 30,4 milhões de espectadores se mobilizaram para assistir aos filmes nacionais exibidos. O cinema nacional lançou o número recorde de 143 filmes brasileiros e o parque exibidor chegou a 3168 salas distribuídas pelo país.
Nos últimos anos, o crescimento tem sido acelerado por ações da Agência Nacional do Cinema – ANCINE, criada há 15 anos para regular, incentivar e criar oportunidades para o audiovisual brasileiro. Além de aumentar a quantidade de salas em grandes centros e em cidades do interior, a agência também atuou na regulamentação da TV paga, que possibilitou que as produções brasileiras tivessem mais espaço na telinha. O resultado já é visível: em 2015, mais de 5 mil produções nacionais entre filmes, séries e documentários, foram licenciadas para TV por assinatura, contra apenas um quinto desse número em 2010. Ao todo, são 52 mil horas por ano de conteúdo nacional disponíveis para o público.
"Minha Mãe É Uma Peça 2" foi um dos filmes mais vistos nos cinemas em 2016
Toda essa expansão ajudou a aquecer a economia, gerando cerca de 95 mil empregos em 2015 e arrecadando quase R$ 300 milhões em 2016 – um recorde absoluto para o cinema nacional. Para se ter uma ideia, em 2002 – primeiro ano de atuação da Ancine – foram lançados 29 filmes brasileiros, gerando uma renda de cerca de R$ 40 milhões.
Não foram só os números, porém, que cresceram: a variedade de gêneros também. Em 2016, os 20 longas nacionais mais vistos no ano se dividiram entre comédias, infantis, dramas, filmes religiosos, cinebiografias e até longas de ação. “Minha Mãe é Uma Peça 2” foi um dos maiores sucessos de público, atraindo sozinho mais de quatro milhões de espectadores e arrecadando cerca de R$ 50 milhões.
O mercado de animação também cresce significativamente e tem levado o nome do Brasil aos principais festivais internacionais. Nos últimos quatro anos, o país teve pelo menos uma produção em cada edição do principal festival de animação do mundo – o de Annecy, na França – onde dois longas brasileiros levaram o prêmio mais prestigiado: “O Menino e O Mundo” e “Uma História de Amor e Fúria”. “O Menino e O Mundo”, inclusive, foi indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2016, concorrendo com filmes como “Divertida Mente” e “Anomalisa”.
A influência e representatividade da cinematografia brasileira no mercado internacional se expande graças às políticas públicas que buscam reforçar a presença dos filmes nacionais nos maiores e mais conceituados festivais de cinema ao redor do mundo. Durante o ano de 2016, a ANCINE ajudou a viabilizar a presença brasileira em 69 eventos internacionais. Agora, o próximo desafio é expandir a produção nacional de jogos eletrônicos e conteúdo para plataformas on demand, que vêm conquistando mais espaço a cada dia.
* Esse conteúdo é um publieditorial para ANCINE - Agência Nacional do Cinema*
Atualizado em 22 Fev 2017.