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Impossível negar que, ao lado de James Franco, Hayden Christensen seja uma grande promessa em Hollywood. Papéis em filmes de sucesso acontecem, fama como ídolo de milhares de adolescentes também, mas Hayden ainda está devendo uma atuação digna de lembrança na história do cinema. Anakin Skywalker é lembrado justamente por ter falhado. Jumper provou ser uma ação eficiente, mas o ator é sempre uma constante: pouca coisa muda em seus personagens.
O que surpreende, uma vez que fora das telas, ele ostenta uma voz mais séria, postura madura e pouco lembra a imagem de jovem inseguro visto em seus personagens. Embora aparente um crescimento notável entre Jumper e Awake - A Vida por um Fio, o novo filme no qual ele interpreta um homem que foi anestesiado e permanece consciente, Hayden ainda tem muito o que provar como ator. Independente de quando isso vai acontecer, ele teve uma breve conversa com nosso correspondente em Los Angeles. Confira!
Fiquei agoniado só de me imaginar naquela situação. Você sentiu o mesmo ou foi tudo atuação mesmo?
Hayden Christensen: Dessa vez foi bastante real. Não precisei nem ler o roteiro para ficar angustiado com a idéia. Quando meu agente ligou e contou a idéia já deu um pouco de calafrio. É aterrorizante e o roteiro explora tudo isso de uma maneira interessante, para prender a atenção do público. Gostei muito do resultado.
E você precisou usar "mais ou menos" imaginação do que numa luta com sabres de luz?
Hayden Christensen: Em Star Wars era muito, mas muito mais, imaginação. No caso de Awake, eu só precisei fazer de conta que seria operado. O medo fez o resto.
Por ser um fato real, você precisou de pesquisa específica com vítimas, por exemplo, para reproduzir fielmente a situação?
Hayden Christensen: Não, não foi preciso. A idéia é tão clara que basta pensar em como seria horrível vivenciar aquilo que o conceito se torna bem real na mente. As cenas que envolveram a sala de cirurgia me afetaram um pouco. Fiquei um pouco desconfortável pensando que isso pode mesmo acontecer. Não gostei nem de andar muito pela sala. Embora meu coração seja forte, nunca se sabe quando você vai precisar ser operado, então dá um pouco de medo sim.
Por falar em medo, te assusta essa idéia de ficar marcado em um gênero [ação no caso]? Tem procurado sair disso?
Hayden Christensen: Bem, um pouco. Quero fazer muito mais do que lutas com sabres de luz. Adorei ser Anakin, mas agora preciso ampliar o foco. Tenho procurado filmes mais adultos e que exijam mais da minha atuação. Filmes de ação são ótimos, mas é em dramas, por exemplo, que um ator realmente se prova.
Amadurecimento parece ser um assunto recorrente, não?
Hayden Christensen: Você imagina o que é ouvir um bando de gente dizendo que me viu crescendo na tela? É horrível! (risos). Parece que vou sempre ser um garotinho ou algo do gênero.
Bom, um garotinho não "dormiria com a Jessica Alba" (no filme)...
Hayden Christensen: ... é, vou fazer inveja aos meus amigos até morrer! Mas, veja só, mesmo isso requer mais atuação. Eu tinha que parecer o sujeito mais apaixonado do mundo por uma mulher que mal conheço pessoalmente. É muito mais desafiador.
Muita gente gostaria de ser desafiada assim...
Hayden Christensen: É, e que desafio!
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Quem é o colunista: Fábio M. Barreto adora escrever, não dispensa uma noitada na frente do vídeo game e é apaixonado pela filha, Ariel. Entre suas esquisitices prediletas está o fanatismo por Guerra nas Estrelas e uma medalha de ouro como Campeão Paulista Universitário de Arco e Flecha.
O que faz: Jornalista profissional há 12 anos, correspondente internacional em Los Angeles, crítico de cinema e vivendo o grande sonho de cobrir o mundo do entretenimento em Hollywood.
Pecado gastronômico: Morango com Creme de Leite! Diretamente do Olimpo!
Melhor lugar do Brasil: There´s no place like home. Onde quer que seja, nosso lar é sempre o melhor lugar.
Atualizado em 6 Set 2011.