Dwayne Johnson e Kevin Hart vão invadir as telas dos cinemas na próxima quinta-feira, 11 de agosto, com a comédia de ação “Um Espião e Meio”. Dirigido por Rawson Marshall Thurber (“Família do Bagulho”), o filme brinca com a formação clássica da dupla policial, mas se concentra mais na apresentação dos protagonistas e de suas esquisitices do que na ação propriamente dita.
Johnson é o fracassado que subiu na vida
O grandalhão da dupla, mais conhecido como “The Rock”, interpreta um espião da CIA chamado Bob Stone que gosta de armas, canela, unicórnios e pochetes. Na primeira vez que o vemos, ele está dançando nu no vestiário do colégio – com muitos quilos a mais – e é humilhado publicamente. A única pessoa que lhe oferece ajuda é o então “rei” da turma, Calvin Joyner (Hart), e, desde então, Stone passa a admirá-lo como seu único e melhor amigo.
Hart é o garoto-prodígio que fracassou
O problema é que Joyner nunca soube dessa obsessão do colega e, na verdade, nunca mais o viu desde aquele dia. Considerado na época o “aluno com mais chances de dar certo”, o personagem de Hart acaba se tornando um contador e não conquista nada muito mais interessante em sua vida. Às vésperas do reencontro de 20 anos de formatura, ele teme ser visto pelos ex-amigos como uma decepção e faz de tudo para fugir do evento – mas o passado volta com tudo quando Stone reaparece e vira sua pacata vida do avesso.
Clichês, bobagens e algumas risadas
“Um Espião e Meio” não é um filme particularmente inovador: temos ali o agente secreto perseguido pela própria organização, o agende duplo que se revela no final (mas que o público já desconfiava), a esposa que só quer discutir a relação, a chefe durona da CIA, o inocente envolvido numa aventura inesperada, etc, etc.
Mesmo assim, o longa não se leva tão a sério a ponto de esses clichês incomodarem: pelo contrário, o riso vem justamente dessas bobagens e do comportamento infantil dos seus personagens. Este é como um daqueles títulos que deixamos rolando na TV enquanto fazemos outras coisas, para ocasionalmente captar uma piada e abrir um sorriso despreocupado. E, da mesma forma que às vezes precisamos de um filme-cabeça para estimular os neurônios, também não faz mal descansar a mente com um junk food de vez em quando.
Por Juliana Varella
Atualizado em 11 Ago 2016.