Entre a Luz e a Sombra filme - trailer, sinopse e críticas

Nos anos 80, a atriz Sophia Bisilliat abandonou os palcos para lutar por uma causa mais nobre, montar um curso de teatro dentro do presídio do Carandiru. Lá, ela conviveu com diversos tipos de pessoas e nunca desistiu de buscar humanizar aquele local, propondo novas alternativas para os prisioneiros. Para isso, algum tempo depois o curso cresceu e surgiu o projeto Talentos Aprisionados, que buscava novos talentos entre os muros da penitenciária.

Assim, Sophia conheceu os jovens Marcos e Christian. Nascidos na mesma época e no mesmo bairro da periferia de São Bernardo do Campo, os dois acabaram se reencontrando quando tiveram que dividir a cela 509-E, do Carandiru. Logo, os dois decidiram se dedicar juntos ao rap e passaram a se chamar Dexter e Afro-X. Quando Sophia escutou o trabalho da dupla 509-E, ficou impressionada e lutou para o lançamento de seu CD, Provérbios 13. Com sua determinação, ela conseguiu algo inédito, a liberação para que os dois presidiários saíssem para apresentações.

Com uma câmera digital, a jornalista Luciana Burlamaqui acompanhou durante sete anos as vidas de Sophia, Marcos e Christian, e os registros serviram para montar o documentário Entre a Luz e a Sombra. Burlamaqui sempre buscou cobrir assuntos relacionados aos direitos humanos, e participou, entre outros trabalhos da pesquisa para o livro Rota 66 - A História da Polícia que Mata, de Caco Barcellos. O filme participou de diversos festivais em todo o mundo e foi premiado pelo público e pelo júri como o melhor documentário do 17º Festival de Cinemas e Culturas da América Latina de Biarritz, na França.