Mas Hitler continua no poder e Jettel detesta cada minuto na África. Acostumada ao luxo e à riqueza, ela trata os locais como servos, faz coisas como pedir que homens carreguem água (tarefa exclusivamente feminina na cultura dos nativos) e não trata o marido com o carinho de quando ele era advogado em Breslau. Regina, no entanto, não está nem aí: faz amizade com as crianças africanas rapidamente, aprende o idioma local, está perfeitamente à vontade no novo ambiente. Só na adolescência ela saberá o quanto custa ser judia. Quando a guerra chegar e a família de Jettel, que ficou na Alemanha, for deportada, Walter terá certeza de que sua decisão foi a melhor. Mas ele sonha com um retorno à terra natal, enquanto o tempo vai acostumando Jettel ao novo continente.
Representando a Alemanha no Oscar 2003, Lugar Nenhum na África levou a estatueta de filme estrangeiro (não é segredo que filmes com/sobre judeus são sempre bem vistos pela Academia) e ganhou vários prêmios em seu país. O longa é baseado na autobiografia da jornalista alemã Stefanie Zweig, que era criança quando se mudou para o Quênia - seguindo esta idéia, o filme é narrado por Regina.
Lugar Nenhum na África
Diretor: Caroline Link
País de origem: ALE
Ano de produção: 2001
Classificação: 12 anos