Foto: Gabriel Oliveira Divulgação |
Uma movimentação intensa na sede do Guia da Semana em São Paulo acusava algo diferente na redação. A equipe, equilibrada entre homens e mulheres, teve toda a parte masculina com os olhares fixos na figura de Sabrina Trevizzan, vulgo Sabrina Boing-Boing, a modelo brasileira que ganhou notoriedade por ser a cover da americana Pamela Anderson, adivinha por quê? 900 ml de silicone nos seios.
Entre outras coisas, a bem-humorada Sabrina revelou que pretende aumentar ainda mais os seios; gravou uma música que é sucesso nas rádios; virou consultora sexual de uma revista e ainda foi convidada para ser candidata a vereadora de São Paulo pelo PSDC nas próximas eleições.
Conheça um pouco da vida da modelo e confira o ensaio feito na Av. Paulista que deixou muito marmanjo com cara de bobo!
Guia da Semana: No momento, você está trabalhando aonde?
Sabrina Boing-Boing: Continuo no Superpop como modelo exclusiva de lingerie. E agora eu sou consultora sexual de uma revista chamada Femme. É um novo desafio na minha carreira, estou aprendendo com isso. Eu sempre dou minha opinião, agora quando fazem uma pergunta mais técnica, eu procuro a ajuda de um médico. A minha primeira edição sai nesse mês. As dúvidas são as mais variadas possíveis, desde tamanho a lesbianismo. Também fui convidada para ser candidata a vereadora de São Paulo pelo PSDC. Sinceramente, eu ainda não decidi. Agora em julho tem reunião do partido. É uma coisa muito diferente do que eu já pensei, outro caminho.
GDS: Você se interessa por política?
SBB: Não me interesso por política e sinceramente, nem votar eu votava. Acho uma grande robalheira, uma palhaçada. Se eu for candidata, quero que o negócio seja sério. Sou muito idealista por ser de origem humilde, eu sei o quanto as pessoas precisam que as coisa aconteçam de verdade, que o dinheiro dos impostos seja usado corretamente. Se eu for, caso fosse eleita, não ia durar muito eu acho. Ia me irritar, ia querer que as coisas funcionassem, ia logo ser cortada. É quase 90% de chance que eu não vou aceitar por esses motivos. Poderia bem aceitar por oba-oba, autopromoção, porque não ia gastar nada com campanha, só que tem um lado muito sério, e de repente eu ia fazer mais palhaçada onde já é uma palhaçada. Acho que não preciso.
GDS: Onde você começou sua carreira?
SBB: No programa Covernation, da MTV, em janeiro de 2006.
GDS: Onde eles te acharam?
SBB: Foi numa danceteria. Trabalhava na Ibiza, em Porto Alegre - eu sou gaúcha, de Caxias do Sul, mas morava na capital. Abriu uma filial em São Paulo e eu vim. Eu era bartender e dançava como gogodancer. Um dia, um produtor da MTV me viu e achou que eu tinha um perfil diferenciado. Ele estava procurando uma menina para fazer o cover da Pamela Anderson. Como eu já tinha o peito grande, ele me avisou que ia ter um teste para a MTV. Eu adorava a emissora e sempre admirei a Pamela Anderson, ela tem um perfil de beleza em que eu me inspiro. Mandei umas fotos amadoras, daí me chamaram para o teste de vídeo. Cheguei lá, eram duzentas loiras siliconadas. Era muito engraçado, parecia cena de filme! Eu nem tinha o cabelo tão claro, daí fui escolhida e fui clareando para a personagem. Gravei o verão todo da MTV, junto com o Marcos Mion e foi aí que nasceu o Boing-Boing. A personagem chamava Pamela Anderson cover. Como eu entrava correndo, aquela coisa salva-vidas na praia, o peito pulava. E aí o Marcos Mion me anunciou um dia ´Lá vem ela, Pamelinha Boing-Boing!´, e a molecada pegou o Boing-Boing. Aí fui para a Rede TV, a convite do diretor do Superpop. Foi mantido o Boing-Boing e eu usei meu nome de batismo, Sabrina.
GDS: Você fez faculdade?
SBB: Eu terminei o segundo grau. Vim pra cá e não tinha como estudar. Trabalhava a princípio de terça a domingo à noite. Foi uma época complicada, bastante trabalho. Mas tinha que dar duro pra ganhar alguma coisa. Tava ganhando bem, era comissionada no bar. Não me arrependo de nada. Ainda vou estudar.
GDS: Se pudesse escolher outra profissão, o que gostaria de fazer?
SBB: Queria ser perita policial, alguma coisa assim. De repente faço uma faculdade de fotografia, para ser perita fotográfica. Eu adoro, assisto muitos programas, acompanho os casos... É uma coisa que me interessa bastante.
GDS: Gostaria de apresentar um programa só seu?
SBB: Eu acho que sim, acaba sendo o sonho de todo mundo que vai trabalhar na TV ter um programa só seu. Com certeza, até de repente agora que eu estou entrando nesse segmento de orientação sexual. Mas seria direcionado a jovens, nem muito escrachado, nem muito caxias. Tem que ter humor, eu gosto de coisa alta astral.
GDS: Como você define sua profissão?
SBB: Faço trabalhos como modelo, atriz, repórter... Andei gravando algumas músicas, mas não gostei do resultado. Eu podia seguir na música pelo dinheiro, mas o estilo que eu estava cantando não é o que eu gosto. Eu acho que música é uma arte tão importante, que tu deve transmitir uma mensagem, deve ter boa qualidade e pensei, ´A música que eu tô fazendo é um lixo, não vou fazer porque ninguém merece ouvir, não tenho voz pra cantar.´. Até que não ficou tão ruim, mas eu sou super exigente, e o estilo de música... Eu não gosto muito de funk, tinha um funk e uma música meio baladinha. A letra não dizia nada com nada, então achei que tava fazendo mal, achei melhor não, nem tudo é dinheiro na vida. O pior é que a porcaria da música está em terceiro no rádio, nas mais pedidas, uma coisa absurda. Chama ´Lá vem ela´. Ficou na frente da Pitty, eu queria morrer, eu amo ela. Minhas músicas estão lá, mas eu não quis gravar mais. Foram só duas músicas, tão soltas por aí. Por mim, eu já encerrei a carreira!
GDS: Que tipo de música você gosta?
SBB: Adoro shows de rock, metal. Todo mundo se surpreende, mas eu adoro. New metal, rock. Vou a muitos shows de rock na Zona Leste, gosto muito.
GDS: E de ler livros, você gosta?
SBB: Não. Me informo, leio notícias, muitas pela internet. Não tenho muita paciência com livros.
GDS: O silicone ajudou a sua carreira?
SBB: Ajudou, porque a personagem que eu ia fazer precisava de seios grandes, mas eu já tinha antes seios grandes. Então eu sempre chamei atenção, eu já tinha 400 ml, depois coloquei 900ml, mas eu levava uma vida normal, trabalhava na danceteria. Fez um diferencial sim.
GDS: Sua prótese mudou depois da fama?
SBB: Não, foi sempre a mesma. Sempre quis um tamanho de busto grande. Quando fui chamada para fazer a personagem na MTV, eu já tinha ela. Não coloquei para conseguir destaque na mídia, tanto que na época era a maior prótese do Brasil. Falavam que eu podia aparecer com isso, mas não queria. Gostava do tamanho, mas não gostava de falar quantos mls eu tinha. No começo eu mentia, falava que era menos, ´Ai, eu tenho 400 ml.´. Mentira, eu tenho 900 ml em cada um. Até que um dia assumi, depois que minha figura ficou pública e muitas mulheres perguntavam sobre prótese, indicação de médico, sobre tamanho... Daí achei melhor falar a verdade, senão a menina ia lá colocar 400 ml, achar que ia ficar grande, e não ia ficar, e ela ia se perguntar ´Como assim?´. Eu passei por três cirurgias para chegar em um tamanho que achei legal. Mas ainda não estou legal, vou aumentar.
GDS: Antes do silicone, você era reta?
SBB: Tinha pouco, o que pra mim é nada, porque eu queria muito. Mas não era totalmente reta, tinha um pouco.
GDS: Que número de sutiã você usava?
SBB: Antes eu usava sutiã 42, hoje uso 46, 48.
GDS: Você já fez outras intervenções plásticas?
SBB: Eu tenho três cirurgias no seio. Também aumentei o lábio com bioplastia e recentemente eu fiz correção de uma mordida de cachorro que eu levei no bumbum. Daí tive que fazer bioplastia também, porque ficou a marca dos dentinhos, ficou funda a cicatriz. Faz pouco tempo, ainda está um pouco roxo. Em breve eu pretendo aumentar o seio, mas já faz três anos que eu estou atrás da prótese no Brasil. Não fabricam mais de 900 mls. Operar fora é caro, não é viável financeiramente. Em breve terei novidades, e acho que vou fazer uma lipo na coxa também.
GDS: Você se incomoda com o estereótipo de gostosa?
SBB: Não me importo. É legal, toda mulher quer se sentir bonita, que os outros olhem e admirem. Nunca me atrapalhou, só tem ajudado. Não posso reclamar sobre isso não.
GDS: A carreira atrapalhou a sua vida amorosa?
SBB: Logo que cheguei a São Paulo comecei a namorar. Namorei quatro anos com um rapaz. Sempre tive relacionamentos longos, com exceção agora, depois da televisão. Isso prejudica, é estranho. O assédio aumenta, mas é um assédio diferente. Hoje em dia me sinto muito como um troféu. Isso me deixa um pouco com o pé atrás. Pra eu conhecer uma pessoa, ela tem que provar mesmo que quer conhecer a Sabrina, não a Sabrina da TV, a Boing-Boing, pra mostrar pros amigos que pegou. É complicado, eu já me quebrei muito. Ou me tratar como um fã também não gosto. ´Ai, meu não acredito q estou com você...´, aí eu penso ´Nem eu!´ (risos). Acho que isso criou uma barreira. Alguns homens têm medo, me olham e não chegam perto. Não é que piorou, mas criou um problema que não tinha antes.
GDS: Você está solteira?
SBB: Estou solteira, mas nunca sozinha. Mas namoro sério não tive mais. Se ele é muito ciumento, não vai agüentar muito tempo, não é todo mundo que aceita. Sem falar que, quando você se torna uma figura pública, as pessoas falam demais sobre você. A pessoa tem que ter muita estrutura, muita confiança em si própria.
GDS: Qual é o seu tipo de homem?
SBB: De preferência que tenha mais de 1,70m, porque eu tenho 1,72m. Eu gosto de usar salto, né, mas dependendo da altura, dá para regular o salto. Não tenho um perfil, eu já namorei diversos tipos, então não sigo um padrão. Depende muito de bater. A pessoa tem que ser cuidada, não precisa ser malhado, sarado. Esse estilo exagerado eu não curto. Tem que se cuidar, mas não pode extrapolar. Muito malhado afasta.
GDS: E que tipo de homem você não gosta?
SBB: Aquele que parece muito, como é o nome da palavra... Narcisista! Desleixado também não, tem que ser o meio termo.
GDS: Qual homem famoso você admira?
SBB: Aquele bem de praxe, Brad Pitt!
GDS: Já ficou com algum famoso?
SBB: Já, mas não posso falar. Melhor não.
GDS: No seu site há uma seção chamada ´produtos´. O que você pretende lançar com a sua marca?
SBB: Penso em lançar uma linha de lingerie com um diferencial, no caso, o sutiã! Para mulheres de peito e para as que não têm, e não têm coragem de aumentar. O sutiã já vem com enchimento, com uma coisinha para dar um up. Na lista, também estava incluído o CD, mas acho que não vai rolar. Tinha também caderno, alguns produtos...
Bate-bola Data de nascimento: 03/01/1984 Signo: Capricórnio Cor preferida: Rosa Hobby: viajar O que mais te irrita: falsidade Cantora: Pitty Banda: CPM 22 Pecado gastronômico: churrasco Bebida: suco Parte do corpo que mais gosta nos homens: peitoral Uma frase: "Quando nada é certo, tudo é possível" Defeito: ansiedade Qualidade: determinação Sonho de consumo: ter um apartamento próprio |
Atualizado em 10 Abr 2012.