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O Campeonato Brasileiro da Série A segue empolgante e da mesma maneira dos últimos anos, ou seja, muitos times começam bem e depois caem. Erros grosseiros de arbitragem, muitos gols, estádios lotados e, claro, muito treinador saindo do cargo. Para se ter uma ideia, dos 20 times que disputam o torneio, apenas sete seguem com os seus comandantes desde o início. São eles: Atlético MG, Coritiba, Botafogo, Internacional, Vitória, Barueri, Avaí, Cruzeiro e Corinthians.

A dança dos treinadores é comum no país do futebol. Pode-se dizer que um dos motivos seja o fato de a cultura brasileira não permitir que um trabalho seja feito a longo prazo. É muito difícil ver clubes que apostam em seus treinadores após resultados negativos. Esse ano, aconteceu algo raro. Técnicos medalhões como Muricy Ramalho, Carlos Alberto Parreira e Luxemburgo ficaram por um bom período desempregados. Em contrapartida, alguns menos consagrados viraram alvo de desejo, caso de Celso Roth, Tite, Adilson Batista e Mano Menezes. Esses últimos, à frente desde janeiro de 2008. Mano, aliás, com um desempenho sensacional: conquistou o Brasileiro da Série B, o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. Agora, é aguardar para ver se, com o possível desmanche e uma série de derrotas do "Timão", a chapa não esquentará. Não acredito nisso, mas já vi cada coisa sem lógica.

O que posso afirmar sem medo é que, em mais duas rodadas, outros treinadores devem pagar o pato dos maus resultados. Aposto em Geninho e Waldemar Lemos como os próximos da lista, mas também pego o exemplo de Silas, do Avaí, que estava praticamente demitido há quatro rodadas e, surpreendentemente, venceu todas, sendo três fora de casa. Vale ressaltar que nessa semana mais dois treinadores deixaram seu cargo. Emerson Leão, no Sport Recife, e Sérgio Guedes, no Santo André.

O que vivo me perguntando é se mudar de técnico é realmente a melhor solução para o sucesso. Eu não acredito nisso. Prefiro pensar que o planejamento, um elenco talvez homogêneo seja o melhor caminho a ser seguido.

Basta avaliar os recém-empregados. Renato Gaúcho, no Fluminense. Deve durar pouco mais de um mês. Luxemburgo e Muricy Ramalho, no Santos e no Palmeiras respectivamente. Pelo nome e para os clubes não se queimarem, devem ficar até o ano que vem. Faça a sua aposta, boa sorte para os comandantes e até a próxima.