Foto: Sxc.hu |
Paixão é uma loucura, não há outro adjetivo. Às vezes nos faz tomar decisões ou ter atitudes que vão de encontro com todos os princípios impostos pela sociedade às moças de fino trato. Sem contar com a capacidade que a nossa consciência tem em nos condenar. Mas apaixonadas, consciência é algo que dificilmente conseguimos ter. E responsabilidade é algo que a gente perde.
A gente se desliga de tudo à nossa volta, não se concentra no trabalho, o pulso acelera, a gente quebra as regras, passa por cima de convicções, crenças e valores. William Shakespeare disse que a paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõe. É verdade. Nós mentimos para o chefe, para a família e até para nós mesmas. E mesmo correndo todos os riscos, ficamos cada vez mais apaixonadas. Vasculhamos a vida desse alguém como se fôssemos verdadeiras clandestinas, bandidas... loucas! Perdemos o controle, a compostura, o chão e, por vezes, até o respeito e o amor próprio. Perdemos o raciocínio, e o foco passa a ser aquela pessoa que faz parte do seu primeiro e último pensamento do dia.
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Quando estamos apaixonadas, fechamos os olhos ao ouvir canções românticas e fantasiamos situações dignas de mocinhas e mocinhos vividos nos filmes mais água com açúcar do cinema americano. A gente é capaz de querer ir para a Bósnia com essa pessoa a bordo de um camelo. Não veríamos o menor problema.
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1. Todos podem achar que o sorriso bobo que estampa a sua cara é típico de uma pessoa esquisita.
2. A sua concentração e produtividade no trabalho é zero, e o risco de você ser vista como a profissional mais dispersa e dispensável é bem grande.
3. Pare de ouvir como louca air supply, Bonnie Tyler ou Roupa Nova. E pára de achar que aquela música sertaneja fala exatamente o que você está vivendo. Afe Maria! Pode ficar bem chato para a sua posição social.
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5. Larga a mão de ser ridícula, porque as únicas pessoas que você irá encontrar na esquina ou na padaria são: o seu vizinho chato, o tiozinho que não sai de perto daquele balcão e o mané que demora um ano para te entregar três pãezinhos.
6. Bósnia?! Bósnia????
7. De boa, nem vou comentar os seus devaneios com o travesseiro e com a palma da mão. Tsc tsc tsc tsc
Mas eu confesso: é bom demais ser ridícula assim. Que venham os hipopótamos coloridos, as alucinações e a falta de foco. O dia que perdermos a magia disso tudo, aí sim, será uma loucura.
Quem é a colunista: Paola Del Monaco, casada com o Frango, brasileira com sangue italianíssimo. É uma pessoa bem bacana quando ninguém desperta o Alien que há dentro dela
O que faz: Rói as unhas, lê revista detrás pra frente, sempre esquece onde colocou suas chaves, guarda extratos bancários de zilhões de anos atrás e aos finais de semana só sai da cama depois das 11h
Pecado gastronômico: todos os tipos de massa e bolacha Bono com requeijão
Melhor lugar do Brasil: a poltrona lá de casa
Como falar com ela: acessando o blog da autora www.pedacodemim.wordpress.com
Atualizado em 6 Set 2011.