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De qualquer forma, sinceramente, o assunto Adriano já deu o que tinha que dar. É impressionante como as pessoas, principalmente a imprensa, demonstram o gosto que tem em "detonar", na maioria das vezes, aquele que já está "detonado". Hoje não é mais surpresa ver o "Imperador" como o maior destaque nas manchetes esportivas.
Quem acompanha ou conhece um pouco a carreira do jogador, já sabe que os problemas no qual ele passa atualmente já foram vivenciados também no passado.
Basta lembrarmos de sua passagem na Itália, aonde rapidamente chegou à glória na poderosa Internazionale de Milão e, talvez pelo deslumbre, foi visto excessivamente fora de forma, desmotivado e, muito das vezes, questionado, a ponto de ser liberado para voltar ao Rio de Janeiro.
Mas o que era para ser uma reflexão virou farra. Adriano foi visto frequentemente em festas de bailes funk, com direito a cigarro nas mãos, mulheres e fotos para deleite de paparazzi, enfim, apesar de retratarem isso apenas em 2006, o próprio jogador afirmou que foi após a perda de seu querido pai Almir Leite Ribeiro, em 2004, que as coisas desandaram.
A péssima fase na Inter, após retorno de nove meses continuava e, apenas em 19 de Dezembro de 2007, uma luz se acendeu no fim do túnel, quando houve acerto com o São Paulo.
No tricolor ele foi muito bem, diga-se de passagem, mas não deixou de ter momentos conturbados, assim como em seu retorno à Itália, em Julho do mesmo ano, onde acabou definitivamente dispensado em Dezembro.
De volta ao Rio de Janeiro, o que se viu foi um Adriano nitidamente deprimido, chateado e decidido a largar o futebol, após as eliminatórias com a Seleção Brasileira em Abril.
Mas aí, em Maio aparece o Flamengo, clube de coração para tentar levantar o astral do jogador. Expectativa em cima do craque e desempenho maravilhoso no Campeonato Brasileiro. O artilheiro ajudou, e muito, na conquista do sexto título rubro-negro.
Hoje muitos falam que ele é um privilegiado, porque possui regalias, porque não precisa se apresentar aos treinos, gosta de saídas noturnas, enfim, não entendo que isto seja algo correto em um clube com a grandeza do Flamengo, mas convenhamos que isso é algo que não sai caro, correto?
A propósito, o caro da história pertence apenas ao ser humano Adriano, pois, devido as suas dependências fisiológicas, os problemas particulares, a possível depressão, entre outras coisas, devem custar sua ida a Copa na África do Sul. Isso sem falar da perda de investidores e a possível ida para o fundo do poço. Está na hora de erguer a cabeça.
Hoje torço demais pela sua recuperação e o que não falta é motivação. Este é um ano de Copa do Mundo e Libertadores da América. Mas essa vontade deve partir dele e, claro, se isso também for a sua vontade.
Força Imperador!
Leias as colunas anteriores de Rodrigo Curty:
O maior desejo das massas Libertadores à Brasileira
Novos planos
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Atualizado em 6 Set 2011.