Por Pamela Cristina Leme
O verão parecia distante quando os dois principais eventos de moda do país ( Fashion Rio e São Paulo Fashion Week) levaram às passarelas, em julho deste ano, as tendências para a estação mais quente do ano. Com o mês de dezembro quase no fim, as altas temperaturas já se estabeleceram em território nacional. E é justamente agora que muitas mulheres invadem as academias e consultórios médicos com o objetivo de fazer bonito nas areais. Um corpo esbelto no biquíni perfeito é tudo o que elas querem.Fotos: Divulgação |
Os florais psicodélicos da Rosa Chá e os tribais da Cia. Marítima |
Maior celeiro de talentos e idéias em beach wear do mundo, as peças brasileiras cruzam continentes e voltam para cá com uma cara nova a cada verão. Em 2006, os biquínis nacionais parecem ter se influenciado pela cultura comportada das praias americanas e européias, já que o fio dental desapareceu das coleções das principais grifes do país. "Essa é uma peça que teve sua importância em outra década, agora ela está ultrapassada. A dica é aposentá-la e usar calcinhas mais discretas", garante a estilista Paola Robba, da Poko Pano.
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Listras e cordas na moda navy da Poko Pano e da Sais (à direita) |
É verdade que as cortininhas e tanguinhas ganharam espaço nos desfiles de várias marcas, mas os modelos com cortes maiores aparecem em peso, para alegria das menos ousadas. As calcinhas tipo sunga (chamadas sunquinis), maiores e menos cavadas permanecem, assim como os sutiãs estilo frente única, com bojo mais comprido que vai afinando na altura do pescoço - modelo que mais valoriza o busto. Outro destaque entre os sutiãs é que o tomara-que-caia, bem anos 70, também vêm com tudo.
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Biquíni e maiô da linha luxuosa de Paola Robba para Poko Pano |
O estilo náutico predomina nas estampas e acessórios. Por isso, não faltam peças listradas nas cores preto, branco, marinho e vermelho, com amarrações feitas com cordas que imitam cintos. Mas não só. "As estampas florais aparecem em muitas coleções, além das tribais, já que a África foi muito bem representada nos últimos desfiles de primavera-verão. Além disso, folhagens, paisagens tropicais, flores exóticas e bichinhos continuam em alta", aponta a consultora de moda praia do Senac-SP Silmara Serafim. De acordo com ela, modelos artesanais também têm vez na próxima estação, por isso, nada de dispensar crochês e macramés.
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Maiôs da Sombra e Água Fresca e da Lorenzo Merlino (à direita) |
Mas e o maiô? Chega a ser pecado não falar sobre ele. Para quem ainda tem alguma desconfiança desse traje tão elegante - mas pouco interessante na hora de pegar aquele bronzeado do qual as brasileiras não abrem mão -, é bom saber que a vestimenta tem ficado cada vez mais cavada. Os maiôs vêm agora cheios de recortes laterais, às vezes com simples detalhes de tecido ou materiais alternativos como a resina que ligam a calcinha ao top. São os chamados "engana-mamãe". Aqueles que não trazem recortes que revelam o corpo contam com decotes profundos na frente ou nas costas. Por isso, para usá-los é preciso estar com tudo no lugar.
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Flores e folhas da Água Doce e da Água de Coco (à direita) |
"No Brasil, os maiôs são usados de maneira diferente que na Europa", explica a estilista francesa Eve Roumilhac, criadora (ao lado da também estilista Mônica Alves) da novíssima marca de moda praia brasileira Sombra e Água Fresca, que acabou de lançar a primeira coleção. "Por aqui, as mulheres vestem o maiô com saia ou shorts, como se fosse uma peça para ser usada fora da praia. No máximo, elas arriscam o maiô na piscina", conta.
Com tantas opções em vista, fica difícil saber qual é a peça ideal para desfilar nas areias. "Acho que o importante é se identificar com a imagem que você vê no espelho", afirma Paola Robba. Gosto pessoal não se discute, mas é claro que um pouco de bom-senso é capaz de deixar a mulher ainda mais bonita. À pedido do Guia da Semana, a estilista dá algumas sugestões de como escolher o biquíni que veste bem no seu corpo. Confira:
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Atualizado em 1 Dez 2011.