Guia da Semana

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Durante a gravidez, existem adaptações normais do organismo da mulher para o período gestacional e, quando bem esclarecida, as gestantes tomam isso como parte do processo.

Mas o que muitas vezes chama a atenção, também, é a falta desses sintomas.


Não é incomum a gestante de primeira viajem desejar caracterizar este período pelos diversos sintomas, alguns como: náuseas, vômitos, polaciúria (aumento da frequência de ir ao banheiro), mastalgias (dores no seio), etc.


Sobre as modificações mais comuns, é importante saber:


- Aumento do apetite (o aumento da gordura corporal é regulado pelo mecanismo central, principalmente por ação da progesterona, que rege a gestação e a menopausa): a orientação de fracionamento da dieta e escolha do alimento é suficiente no controle do peso;


- Sialorreia (aumento da salivação): não há explicação plausível, mas a tomada de extrato de beladona, quatro vezes ao dia, é útil;


- Mastalgias (dor nas mamas): é consequente ao fator hormonal e passageiro, portanto evitar compressão local é de valor;


- Contrações uterinas: elas trazem desconforto abdominal ecológico, já que esta sensação de sangramento eminente não é bem vinda. Se oferecemos "nati-espasmódicos", a gestante diz que não é necessário, somente não gostaria de sentir esta sensação.


- Leucorreias (corrimentos): aumento da secreção vaginal normal consequente à ação hormonal e se houver desconforto o uso de "antifúngicos" e "metronidazol" devem ser usados sem restrição, no segundo e terceiro trimestres.


- Insônia e hipersonia: são de causa emocional, traduzindo dificuldade na adaptação desta nova condição. Talvez o tempo e o apoio psicológico médico seja o passo mais importante.


- Estrias: ainda têm etiologia desconhecida. O tratamento com uso de hidratantes e substâncias oleosas são as opções, porque o ácido retinóico, recomendado no tratamento de estrias, tem contraindicação absoluta na gestação. Fatores como idade, ganho de peso excessivo e raça parecem estar mais relacionados ao seu aparecimento.


Todos esses sintomas desaparecerão com o tempo ou podem nem aparecer. O importante é ter uma gestação tranquila, com orientação médica, boa alimentação, atividade física saudável e muito amor.

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Quem é a colunista: Denise Coimbra é médica ginecologista e obstetra.

O que faz: é formada pela Santa Casa de São Paulo. Participa do grupo de Reprodução Humana da UNIFESP e tem uma clínica em São Paulo especializada em Saúde da Mulher e Fertilização.

Pecado gastronômico: petiscos com cerveja, em um bar com amigos.

Melhor lugar do Brasil: Guarujá, onde curto meus fins de semana com meu marido e minha filha.

Como falar com ela: [email protected] ou acesse seu site.

Atualizado em 6 Set 2011.