Guia da Semana

Foto: Sxc.hu


Quando observamos os animais, verificamos que eles estão sempre trocando carícias, fazendo contato. Mesmo quando colocamos duas plantas, uma perto da outra, elas se buscam. Onde há vida existe a necessidade de interação, de convívio.

Não dá para imaginar uma célula do corpo querendo não pertencer ao seu organismo.

Somente nós, seres humanos, vivemos a fantasia de que somos separados uns dos outros. O sentimento de liberdade e independência nos levou à essa falsa sensação de que não precisamos de ninguém. Mas isso é uma ilusão.

Foto: Sxc.hu


Não nos entregamos a uma relação, congelamos nossos corações, não expressamos o que está na cabeça e no coração. Escapamos da intimidade. Mas, abaixo dessa proteção, está uma outra camada mais sensível: todos nossos medos, inseguranças, machucados emocionais. Um dia confiamos e fomos traídos.

Um dia você se sentiu humilhado ou rejeitado, senão abandonado. Doeu muito e você associou o amor à dor, a problemas, a algo desagradável. Por isso criou um escudo para não sentir mais. O problema é que essa mesma armadura que o protege da dor também o afasta do amor.

Foto: Photocase.de
Será que essa é a saída? Será que nos tornando seres insensíveis e indiferentes vamos ser felizes? E o que fazer com a eterna vontade de encontrar alguém para compartilhar o afeto?

A luz no fim do túnel está em descobrir que ainda existe muito sentimento escondido dentro de nós. É nossa essência que continua inocente, que é capaz de ver graça na vida, um lado bem delicado, vulnerável e poderoso ao mesmo tempo.

A partir daí é que poderemos amar de verdade. Acreditar nisso é fundamental, mas também é preciso ter humildade e coragem para nos conectar e revelar aquilo que está no âmago de nossos corações.

Quem é o colunista: Sérgio Savian.
O que faz: consultor de relacionamentos.
Pecado Gastronômico: doces.
Melhor Lugar da Cidade: Parque do Ibirapuera.
Para Falar com Savian: acesse o site do autor







Atualizado em 6 Set 2011.