Comer chocolate não precisa ser um pecado. A guloseima pode ser consumida de forma saudável
Assim como toda delícia que se preze, o chocolate enche os olhos dos aficionados, e na Páscoa ele aparece com força total. Seja nos ovos, colombas ou receitas caseiras, o doce oferece prazer para uns, mas pode significar números a mais na balança e remorso para outros. A guloseima, derivada do cacau, possui nutrientes que fazem bem para a saúde e sim, ele ajuda a aliviar o estresse, a ansiedade e a depressão.
Mas fique de olhos abertos, pois o índice de gordura presente em um mísero pedaço pode ser alto. Para que a data do coelhinho não o transforme em um elefante, veja como consumir a iguaria sem culpa durante a época mais achocolatada do ano.
Santa culpa!
Depois do bacalhau do almoço é hora de abrir os ovos e mandar ver nas delicias de chocolate. São vários tamanhos, formatos e, claro, calorias, peso e outros quesitos que te fazem suar dias e dias na esteira da academia. Depois de tudo isso, a culpa vem logo em seguida. Apesar de ser geralmente consumido por prazer, há efeitos positivos para a saúde na ingestão da guloseima.
O cacau, por exemplo, possui benefícios para o sistema circulatório e efeitos que incluem as propriedades anticancerígenas, estimulantes cerebrais, entre outros. Além disso, o chocolate também traz nutrientes, entre eles cálcio, ferro, potássio, manganês e vitaminas E, B1,B2,B3, B6, B12, cafeína, feniletiamina, teobromina e flavonoides (antioxidantes), que impedem que o colesterol (LDL) se acumule nas artérias. Por outro lado, ingerir grandes quantidades de alimentos altamente energéticos aumenta o risco de obesidade, devido ao alto índice de gordura.
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O ideal é comer chocolate na parte da manhã ou depois de praticar atividades físicas
De acordo com a nutricionista Gabriella Guerreiro, da Nutriessencial Consultoria, consumir o chocolate no café da manhã pode ser uma boa opção. "Depois de uma noite de sono, o corpo acorda em estado de hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue), e o chocolate ajuda a despertar", aconselha a especialista, que orienta também consumir fibras e frutas junto, pois ajudam a diminuir a absorção do açúcar.
Consumo
Quem nunca se viu em um momento de alto estresse, como antes de uma reunião de negócios, uma prova importante ou a desagradável TPM, e apelou para aquela barra de chocolate? Considerado um carboidrato simples, ou seja, rico em açúcar, ele promove um bem-estar imediato, pois disponibiliza rapidamente uma grande quantidade de açúcar de uma só vez no organismo, promovendo a hiperglicemia - alta taxa de açúcar no sangue - e em seguida a hipoglicemia - queda de açúcar no sangue - ou seja, causa um alerta e em seguida uma baixa de energia no corpo, que pode provocar sono, cansaço e falta de concentração.
A recomendação de consumo é de, em média, uma barra de chocolate de 30 gramas - que equivale a 160 calorias - por dia. Porém, isso não é uma regra e depende das condições nutricionais individuais. Portanto, cuidado! Um momento de tensão onde você manda para dentro uma barra de 200 gramas de chocolate ao leite, por exemplo, resulta em 1.070 calorias. Isso é quase a metade do que deve ser ingerido durante um dia todo e significa horas a finco de muita malhação.
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Os tipos meio amargo possuem maior adição de cacau e menos gordura que os demais
Segundo a nutricionista Gabriella Guerreiro, outro momento ideal para saborear o chocolate é após as atividades físicas. Ela afirma que a ingestão da guloseima depois da malhação ajuda a repor o glicogênio muscular e hepático, gastos durante o exercício. "É um açúcar rápido e de fácil absorção. Mas é preciso ter cuidado com a quantidade, pois ele é rico em gordura (35% monoinsaturada, 60% saturada e 5 % poliinsaturadas) também", alerta. Para não correr riscos, dê preferência aos tipos meio amargo e amargo, pois apresentam uma quantidade maior de cacau e menor de gordura.
::: Diferenças :::
O chocolate amargo é feito com os grãos de cacau torrados. Usado como base para sobremesas e bolos, contém um mínimo de 35% de cacau; O chocolate ao leite leva na confecção leite ou leite em pó. As normas europeias estabelecem um mínimo de 25% de cacau; O chocolate branco é feito com manteiga de cacau, leite, açúcar e lecitina, podendo ser acrescentados aromas, como o de baunilha. |
Atualizado em 6 Set 2011.