Foto: Getty Images |
A convivência profissional requer empatia, maturidade e direcionamento. Já as experiências vividas no âmbito pessoal implicam respeito, harmonia, amor, admiração e confiança. Quando esses dois papéis sociais convergem é hora de exercitar a diplomacia em favor de um consenso. Não é tão incomum encontrar um casal que divide o espaço não só em casa, mas também no trabalho.
"Eu e meu esposo Alexandre nos conhecemos trabalhando em um banco, em 1992. Treze anos depois começamos a trabalhar juntos na nossa empresa de produtos de informática. O trabalho é o nosso segundo ´plano´, onde cada um exerce o seu papel de responsabilidade. As decisões são tomadas em conjunto sempre, seja qual for o assunto. Apresentamos pontos de vista, discordamos, debatemos, mas sempre chegamos a um consenso de forma satisfatória para a empresa. No final do expediente voltamos a ser pai, mãe, esposa e marido", relata a empresária, Rita Caíres, 38 anos, casada.
Foto: Getty Images |
Evitar discutir trabalho em casa é uma ótima recomendação para o amor não se transformar em objeto de ruína involuntária. Fazer da sua casa, hora extra do trabalho é um erro terrível que influencia no comportamento emocional.
Rita completa dizendo que o fato de estarem juntos não influi negativamente no relacionamento entre ela e o esposo. Segundo a empresária, quando isto ocorre é porque a relação não foi construída em bases sólidas.
A competição deve ser travada com o mundo externo e não um com o outro. A sociedade na vida deve sempre somar e não pretender subtrair. Se o caminho traçado for esse está fadado ao deslize.
"Nosso relacionamento às vezes é amigável. Temos alguns conflitos, pois pensamos de formas diferentes. Na maioria das vezes levamos nossos problemas para casa. Não conseguimos separar muito bem as coisas. As discussões acabam desgastando o relacionamento, mas independente dos desentendimentos estarem no dia-a-dia trabalhamos juntos. O nosso sonho de progredir e garantir algo para o futuro de nossos filhos é o mesmo", conta a gerente, Fátima Aparecida Rodrigues e Silva, 40 anos.
Foto: Getty Images |
Os envolvidos, por sua vez, devem evitar falar para os parceiros de trabalho a fim de bater de frente com posturas inconvenientes. Se o companheiro for o chefe, o mesmo já deve estar ciente dos problemas que podem vir a acontecer, como por exemplo, o assédio. Além disso, inevitavelmente os colegas de trabalho farão represálias e comentários maledicentes. Nenhuma das partes poderá se beneficiar da posição do outro, tendo que defender arduamente suas respectivas carreiras.
"O convívio dos colegas de trabalho nem sempre é bem visto pelo parceiro, gerando muitos conflitos e conseqüentemente a desmotivação profissional. Então, daria a dica para evitar se relacionar com colegas de trabalho, mas se o coração falar mais alto, o ideal é que uma das partes mude de empresa, ou pelo menos não conviva na mesma equipe", aconselha a psicóloga e profissional de RH, Regina Lopes.
O fato de o casal já se conhecer estabelece a confiança necessária para julgamentos e decisões mais assertivas e ágeis do que se fossem meramente desconhecidos, mas é primordial a avaliação de ser ou não satisfatório investir no caso, não abrir mão de todas as formalidades exigidas pela postura ética, manter horários diferentes do parceiro, que além de impedir a integração com os colegas de trabalho, promove margens às fofocas e também jamais se permitir a discussões de cunho pessoal, tampouco expressar demonstrações de carinho em público.
O relacionamento de um casal no trabalho é uma via de mão dupla. A inteligência e o discernimento são as armas para inibir um provável problema apto para colidir a qualquer instante.
Colaboraram:
? Rita Caires
? Fátima Aparecida Rodrigues e Silva
? Regina Lopes
Walter´s Centro Técnico
Endereço: Av. Nossa Senhora de Copacabana, 664, Bl 1/9° andar - Galeria Menescal - Copacabana.
Fone: (21) 3208-4000
Atualizado em 10 Abr 2012.