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A bebida que é tão procurada em dias de calor intenso começa a ganhar espaço em ocasiões opostas. O tempo gelado inibia o consumo da cerveja, mas com opções sofisticadas e especiais para o clima, o diagnóstico está mudando. Para aqueles que querem experimentar uma cerveja mais robusta, com um teor alcoólico mais elevado, é uma ótima oportunidade.
Os modelos são provenientes de diversos países, como Alemanha, Holanda, Bélgica, Áustria, Inglaterra, Irlanda, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, entre outros. A importadora Bier & Wein é a que mais distribui marcas estrangeiras em solo brasileiro, no total são 15 rótulos diferentes. No Brasil, as microcervejarias são as responsáveis pela maior parte da produção das cervejas de inverno. A Bamberg é o grande destaque nacional.
Existem mais de dez mil marcas de cerveja em todo o mundo. No Brasil, são em torno de quatro mil. Os brasileiros estão conhecendo melhor essa bebida e descobrindo que existem as ruivas, morenas e negras, além das loiras. Veja no quadro abaixo, os modelos apropriados para a época gelada do ano.
Opções de inverno Pilsen: clara, leve, com teor alcoólico até 5%, baixa fermentação. É a cerveja mais consumida mundialmente. Malzbier: escura, mais encorpada, baixa fermentação, com leve doçura, teor alcoólico de 3,5%. É ideal para o inverno. Bock: escura, mais amarga, teor alcoólico elevado, 6% a 7%. Boa para o frio. Weiss: ao invés de cevada, a cerveja é feita a partir do trigo, com espuma mais cremosa. É clara e de baixo teor alcoólico. Ale: famosa cerveja inglesa possui alta fermentação, com teor alcoólico alto, entre 5% e 7%. Lambic: cerveja de origem belga, feita com frutas vermelhas é mais ácida, refrescante e dirigida ao público feminino. Teor alcoólico médio. Stout: escura, encorpada, teor alcoólico médio, de 4% a 6%. |
Sinta o sabor
Por serem mais elaboradas, as cervejas de inverno possibilitam que os consumidores saboreiem seus ingredientes quando devidamente degustadas. O frio inibe a percepção de aromas e sabores, portanto uma temperatura de consumo entre 4ºC e 6ºC contribui para que os atributos da cerveja sejam mais bem assimilados.
Para o cervejólogo Edu Passarelli, 31, formado em gastronomia, definitivamente beber não é o mesmo que degustar. "Beber é apenas beber, saciar uma vontade. Degustar é apreciar o produto, valorizar seus adjetivos, analisar. É um grande prazer", ressalta e enumera as suas preferidas, "brasileiras eu gosto da Colorado Indica, Eisenbahn Weizenbock, Bamberg Bock, Wäls Dubbel e Schmitt Barley Wine. Já das estrangeiras, fico com Strong Suffolk, Chistoffel Bok, Weihenstephaner Weizenbock, Unibroue Maudite".
Normalmente, para acompanhar uma boa "gelada" o público solicita, como acompanhamento, alguns amendoins e batatas fritas, mas quem quiser degustar as especiais de inverno devem pedir por algo mais requintado, com sabor intenso e alguma gordura, como goulash, cordeiro e codorna, além dos queijos gorgonzola, parmesão, gouda e chevre.
Segundo Edu, se quiser apreciar todo o sabor da bebida, você deve primeiramente sentir o aroma dela. Para isso, gire o copo algumas vezes para que a cerveja respire e libere suas essências. Em seguida, beba aos goles, o paladar distingue os quatro sabores básicos: doce, ácido, salgado e amargo. Portanto, deixe o líquido fluir sobre a língua até o céu da boca e absorva um pouco de ar junto. Assim, poderá degustá-la em sua totalidade.
Dicas ? Cerveja não precisa envelhecer. Quanto antes tomar, melhor será o sabor. ? Não deixe congelar. O congelamento prejudica o sabor. ? Para reter o aroma beba a cerveja com dois dedos de espuma. ? Copos pequenos são ideais porque mantêm melhor a temperatura e a espuma. ? Resíduos de gordura no copo são fatais para a bebida. ? Sirva a bebida inclinando o copo até 45 graus. ? Para mudar de cerveja, limpe o paladar consumindo pão e água. |
Onde beber:
São Paulo
Frangó
Drake´s
Cervejaria Imperial
Rio de Janiero
Belgium Beer
Herr Pfeffer
Blues & Beer Pub
Atualizado em 6 Set 2011.