Guia da Semana

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Fim de ano, ares natalinos... Fazem com que pensemos e repensemos situações nas quais precisamos resolver para seguir em frente, atento a colocar certos pontos finais. É tempo também de nos adaptarmos às mudanças e viradas, com direito a brindes e muitas alegrias.

Esta época remete aos sonhos e memórias, sendo assim, relembrar a infância se torna inevitável e especial.

Desejar o indesejável, fuga da realidade e falta de responsabilidades são coisas que só na pouca idade é permitido. Quando crianças, fantasiamos com muitas coisas, acreditando em Papai Noel, renas, fadas, duendes e Bicho Papão (bom, pelo menos eu acreditava!). Momentos na vida em que brincar de casinha, fazer comidinha de mentira e esperar o marido imaginário abrindo a porta e dizendo: "querida, cheguei!", fazia parte de uma invenção "barbbieniana", de pura ilusão, mas que servia para distrair garotinhas em seus universos ingênuo-fantasiosos.

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Que mulher nunca questionou o fato de não ser o "modelo ideal" para um relacionamento perfeito assim como a Barbbie está para o Bobbie ou para o Ken (nunca soube quem era um ou outro) e resistiu à idéia de brincar de casinha na vida real, com personagens de carne e osso?

O fato é que ser solteiro é uma condição muitas vezes difamada, embora a maioria das pessoas ainda negue. Quem nunca assistiu às meninas do Sex and the City e ficou extremamente irritada com os episódios em que as pseudo-amigas simplesmente as evitavam só pelo fato de serem independentes e solteironas, por pura opção?

Estar sozinho muitas vezes é delicioso, afinal, quem não é feliz quando a liberdade está completamente envolvida em tudo em que se faz, em tudo o que se pensa? Conhecer pessoas novas, se envolver com quem julgamos ser interessante, mesmo que dure apenas algumas horas. Pode ser muito divertido!

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Mas a vida dá voltas e de repente precisamos encarar o fato de que brincar de casinha de verdade, fazer comidinha de verdade, dormir e acordar todos os dias com alguém de verdade, dividir contas de verdade e ainda assim fazer de conta que tudo isso pareça um conto de fadas, não é tarefa muito simples. Coisa para Super-Heróis!

Tempo de mudanças, reciclagens e esperanças.

Mesmo que se ame uma vida que esteja deixando para trás, o importante é acreditar que uma nova jornada está por vir e acredite: ela pode ser ainda melhor! Diferente, repleta de novas conquistas e responsabilidades ainda não desvendadas.

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É fato que toda essa onda de emoções à flor da pele e esses sentimentalismos-banais-inconscientes mexem com nossas cabeças vulneráveis. E relembrar os super-heróis que marcaram nossas histórias pode ser saudável. E não falo de super-heróis com grau de habilidades inatingíveis. Afinal, enquanto uns podem voar e mover objetos com a própria mente, outros somente desfrutavam de um super bigode e um coração gigante, cuidando de você quando pequena; assim como outros que dizem "eu te amo" e "você está linda", mesmo quando se está péssima.

Super-Heróis!

E ainda ter um desses para matar baratas, trocar lâmpadas, acariciar seus pés e ainda encarar noitadas frenéticas é muito bom. Acredito que isso faça parte da brincadeira mais antiga do sonho de uma menina.

Brincar de casinha!

Vai encarar Seu Noel?

Quem é a colunista: Carolina Marçal, AB+, mutável e total do bem.
O que faz: é publicitária, ama viajar, ler, escrever e beber com os amigos.
Pecado gastronômico: chocolaaaaaaaaate!
Melhor lugar do Brasil: qualquer um onde eu possa ver as estrelas.

Fale com ela: [email protected] ou acesse seu blog.



Atualizado em 6 Set 2011.