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Cólica menstrual

O "inferno feminino" causado pelas dores da cólica acomete 80% das mulheres e pode dar sinal de melhora após o parto do primeiro filho.

Por Redação Guia da Semana

Foto: Photocase.de


Um novo remédio para tratar as cólicas menstruais acaba de ser aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária - ANVISA. É o antiinflamatório Celebra Femme (celecoxibe), uma apresentação do já conhecido Celebra. O problema afeta cerca de 80% das mulheres em algum momento da vida, de acordo com dados do laboratório Pfizer, que desenvolveu o medicamento.

Celebra Femme
O remédio possui uma embalagem com sete comprimidos de 200 miligramas, o essencial para três dias de tratamento. Ele faz parte da classe de antiinflamatórios não-hormonais chamada inibidores específicos da COX-2 (produtora de prostaglandina, que causa contrações) e deve chegar às farmácias no primeiro semestre de 2008.



A cólica é uma síndrome caracterizada por sintomas que vão desde um pequeno desconforto até dores fortes. São contrações da musculatura uterina provocadas pela prostaglandina, uma substância fabricada pelo útero durante a menstruação. Segundo a Pfizer, mais de 50% dos casos são acompanhados de náuseas, vômitos, palidez, cefaléia, diarréia, vertigem e desmaio.

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Existem dois tipos de cólica. O ginecologista obstetra da Casa de Saúde São José e professor adjunto de obstetrícia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, Pedro Octavio de Brito Pereira, explica que, na maioria das vezes, o problema não está associado com doenças dos órgãos pélvicos, iniciando algum tempo após a primeira menstruação da adolescente. Nesse caso, a cólica é chamada dismenorréia primária e pode melhorar com o uso de pílulas anticoncepcionais ou depois que a mulher tem o primeiro filho.

Quando está relacionada a doenças ginecológicas, principalmente se surge tardiamente, a cólica chama-se dismenorréia secundária e tem como característica a piora das dores com o tempo. A endometriose é uma das principais causas desse problema. Outras alterações podem ser miomatose (tumores uterinos), doença inflamatória pélvica, uso de DIU (dispositivo intra uterino - peça de plástico e cobre colocada no útero para evitar gravidez) e problemas gastrointestinais e genitourinários.

Apesar de também ser um sintoma da menstruação, a cólica não está relacionada à Tensão Pré-Menstrual, ou seja, você pode ter um problema e não ter o outro. A TPM tem a ver com o hormônio progesterona, produzido após a ovulação, além de ser mais intensa em mulheres mais velhas.

Dicas para amenizar a cólica
? Faça repouso.
? Faça uma massagem leve no baixo ventre.
? Coloque uma bolsa de água quente na barriga, abaixo do abdômen.
? O uso de antiinflamatórios e analgésicos, após passar pelo médico, também ajuda. Uma das substâncias que atuam na melhora da cólica é o diclosenaco de sódio.
? O consumo oral de pílulas anticoncepcionais ajuda a amenizar as cólicas.
? Aumente a porção dos alimentos para que o gasto energético seja maior e faça refeições saudáveis de três em três horas, para manter os níveis de glicose adequados. Se tiver vontade de comer doces, prefira frutas secas, sucos de fruta ou barra de cereais com um pouco de chocolate cremoso.
? Faça uma dieta com suplementação de óleo de peixe (rico em ácidos graxos poliinsaturados e vitamina E).
? Consuma alimentos de fácil digestão, como legumes, frutas, hortaliças e carne branca.
? Diminua a ingestão de cafeína e chocolate.



O ginecologista e docente brasileiro do "Curso de Atualização em Ginecologia Pediátrica e da Adolescência" - FEBRASGO / Universidad de Chile, João Tadeu Leite dos Reis, conta que há mulheres mais sensíveis à dor, com repercussão evidente no dia-a-dia. O período de cólica também pode variar de algumas horas até alguns dias, bem como a intensidade.

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A dor costuma ser mais intensa no início do período menstrual, sendo comum no baixo ventre e irradiando para as coxas e região lombar. O ginecologista Eduardo Alfredo explica que os exercícios físicos amenizam o problema porque melhoram a irrigação vascular uterina. Além disso, as pessoas que praticam esportes tendem a relaxar mais a musculatura abdominal, lombar e das coxas no período da menstruação, contribuindo para a melhora clínica. "Com a atividade física, há uma liberação de endorfinas, substâncias responsáveis por uma sensação de bem-estar, proporcionando maior tolerância à dor", diz Reis.

Para o tratamento, são recomendados antiespamódicos ou analgésicos. Os antiinflamatórios mais indicados são os não-hormonais, além dos DIU´s medicados com progesterona, que ajudam algumas mulheres. Caso a paciente tenha algum problema orgânico associado, deve tratar a doença pelo método indicado por um especialista.

Tipos de medicamentos
Antiinflamatórios não hormonais: produtos que inibem a produção de prostaglandinas. O tratamento deve ser iniciado no primeiro dia do fluxo menstrual ou da dor, sendo mantido de 48 a 72 horas, e o remédio precisa ser ingerido com alimentos. O consumo é via oral ou retal, oferecendo outros benefícios como diminuição do volume e duração do fluxo menstrual, além de contribuir para melhora de sintomas como cefaléia e náuseas. Não se esqueça de manter uma hidratação adequada.

Anticoncepcionais hormonais: avaliada pelo médico, a paciente que precisar de anticoncepção efetiva pode fazer uso desse medicamento, via oral, vaginal, transdérmica ou injetável, reduzindo os níveis de prostaglandinas.



A alimentação possui um papel importante no alívio das cólicas. A nutricionista Andréa Esquível conta que uma pessoa bem nutrida terá o corpo mais resistente no momento em que a dor vier. A dica é consumir muitas folhas, principalmente escuras; cerca de quatro frutas diferentes por dia, para evitar o mau funcionamento do intestino; evitar frituras e fazer refeições com arroz e feijão.

A nutricionista Viviah de Andrade conta que outros alimentos benéficos são chás de framboesa e menta, azeite, salmão, ervilhas, lentilha, feijões, legumes, frutos do mar, ovos, carnes e aqueles ricos em vitamina C, pois cooperam para a fixação do ferro perdido por conta da menstruação. Já os que pioram as dores incluem todos que têm muito sal, por conta de retenção de líquidos, e alimentos ricos em gordura saturada, como o creme de leite, a manteiga e a maionese, já que aumentam a produção de hormônios femininos, favorecendo o mal-estar.

Chocolates, sanduíches, fast food, alimentos com cafeína e condimentos também podem piorar a situação, pois irritam o trato gastrointestinal, dificultando o processo digestivo, segundo o endocrinologista Flávio Madruga. A sugestão é priorizar cozidos e montar refeições com arroz branco, frango grelhado, legumes cozidos ou uma sopa leve.

Tratamentos alternativos

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Os especialistas dão dicas que vão além dos analgésicos. Reis conta que a acupuntura pode ajudar. A fisioterapeuta dermato-funcional Priscila da Silva completa dizendo que a auriculoterapia, um tipo de acupuntura feita na orelha, mexe com todos os órgãos, já que cada ponto da orelha corresponde a outro do corpo, mas de forma invertida. A parte de cima, por exemplo, refere-se aos pés, enquanto o lóbulo simboliza a cabeça e o pescoço. A estimulação desses pontos pode ser feita com sementes de mostarda ou agulhas, aliviando a dor.

"Todos os tratamentos relaxantes são indicados para esse período do mês. Alguns ativos provocam o relaxamento dos músculos e os óleos essenciais têm efeitos aromaterápicos. Sempre que estamos na posição horizontal, deitadas, temos o alívio da cólica e algumas massagens leves são ideais", conta a fisioterapeuta dermato-funcional Fátima Pazos. Além disso, banhos com água morna também cooperam.

A terapia cognitivo-comportamental possui um papel importante para amenizar os sintomas relacionados à cólica, como estresse e ansiedade. "A cólica menstrual gera angústia, irritabilidade e até baixa produtividade no trabalho. Com a terapia, a paciente vai aprender a relaxar o corpo e controlar as emoções", explica o clínico geral e especialista em terapia cognitivo-comportamental Marcelo Dratcu.

Dicas de tratamentos
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Massagem Relaxante e Esfoliação de Arroz-Doce: É aplicado um produto de Extrato de Algodão, com fragrância de Baunilha, para nutrir e hidratar a pele. Em seguida, há o creme de Arroz Doce, que contém Endorphin, um ativo neurocosmético que estimula a liberação de moléculas responsáveis pela sensação de bem-estar na pele. Para finalizar, é aplicado o creme relaxante, rico em Ácido Fólico, Vitamina C e Sais Minerais. Ele estimula o relaxamento dos músculos e também age, através de seus ativos, no combate à celulite, gordura localizada e flacidez.
Preço sugerido: R$150,00

Banho de Rosas: Feito com óleo essencial de rosas marroquinas e pétalas de rosas. O banho é somente para proporcionar o relaxamento. A cliente fica imersa durante 30 minutos.
Preço sugerido: A partir de R$82,00


Colaboraram:
? Pfizer
? Eduardo Alfredo
Downtown - Av. das Américas, 500, Bl. 16, Sl. 228 - RJ
Fone: (21) 3153-7863
? Pedro Octavio de Brito Pereira
? João Tadeu Leite dos Reis
? Viviah de Andrade
Clínica Più Bella - Av. Lombardi 1000, Loja 121, Barra da Tijuca - RJ
Fone: (21) 2484-3827
? Flávio Madruga
? Clínica Pazos
Centro Empresarial Barra Shopping - Av. das Américas, 4200, bl 4, Sala 106, Ed. Buenos Aires - RJ
Fone: (21) 3150-2819/ (21) 3150-2818
? Walter´s Coiffeur Shopping Rio Sul
Rua Lauro Muller, 116, Loja 101 A07, Botafogo - RJ
Fone: (21) 2275-4070
? Pink Chic: Downtown
Av. das Américas, 500, Bl. 04, Lj. 115 - RJ
Fone: (21) 2496-3668
? Andréa Esquivel
CEDIG - Centro de Medicina Avançada: (11) 5571-8921

Atualizado em 10 Abr 2012.

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