Guia da Semana



Para emagrecer, não é preciso sofrer. Muito menos passar fome. Na busca pelo corpo perfeito, muitas mulheres passaram a comer poucas vezes ao dia, o que termina sendo compensado em grandes quantidades. Mas dividir a alimentação em pequenas refeições diárias, com intervalos regulares de 3 horas, traz muitos benefícios para a saúde e o corpo. "Além de proporcionar uma maior variedade de nutrientes e uma melhor absorção deles, esse hábito também ajuda a manter o metabolismo acelerado, evitando o ganho de peso", explica a nutricionista Priscila Di Ciero.

"É praticamente impossível conseguir tudo o que você precisa com apenas três refeições", ela continua. "O volume e a mistura são tão grandes que a biodisponibilidade (o quanto seu organismo absorve dos nutrientes) é muito baixa". Além disso, passar longos períodos sem comer faz com que seu corpo passe a estocar gordura, como se estivesse criando reservas para possíveis situações de escassez.

"É um mito acreditar que pular refeições ajuda a emagrecer", comenta Priscila. "Nessas situações, o corpo começa a queimar proteína, ou seja, você está perdendo massa muscular e água". Ficar muito tempo sem comer também provoca hipoglicemia (falta de açúcar no sangue), que causa sensações de mal-estar, tontura e fraqueza, além de dores-de-cabeça.

Quem se alimenta de forma saudável em períodos curtos, acaba tendo menos fome e uma sensação maior de saciedade, o que além de benefícios para a saúde, contribui para a perda de peso. "Não adianta comer várias vezes ao dia um bombomzinho", diz a nutricionista. Além do café da manhã, do almoço e do jantar, deve-se incluir lanches intermediários na dieta, com alimentos leves e nutritivos.

Confira as orientações da nutricionista sobre o que comer em cada refeição:

Café da manhã: carboidratos integrais (pão, torrada, cereais, aveia, granola), fruta (in natura ou suco) e uma proteína magra (leite ou iogurte desnatados, queijo branco). Para beber, um suco natural, leite desnatado ou bebida à base de soja.

Almoço e jantar: carboidrato (arroz ou massa integral), proteína vegetal (feijão, lentilha, grão-de-bico, soja), proteína animal (para quem come carne, um bife, frango (sem pele, pois tem muito colesterol) ou peixe, sempre grelhados, cozidos ou assados, sem a gordura aparente) e o grupo dos reguladores (saladas cruas, folha verde cozida ou refogada e legumes variados - grelhados, cozidos ou no vapor).

Lanches nos intervalos: castanhas, torrada integral, geléia de fruta, frutas in natura, barrinha de cereais, iogurte e queijo magros; para beber, chá de ervas, sucos de frutas ou bebidas de soja.

Dica: Para mudar os hábitos, deve-se começar diminuindo a quantidade do que se come nas refeições principais. Naturalmente, você vai sentir fome um tempo depois. Por isso, introduza um pequeno lanche no seu cardápio diário, até o corpo ir se ajustando e isso se tornar automático.


Atualizado em 6 Set 2011.