Foto: Site Globo |
A opção sexual das pessoas vive uma crise de identidade. Tem homem que gosta de homem, mas sai com mulher e mulher que só gosta de mulher, mas, de vez em quando, se permite sair com um cara...
Não estou aqui pra dar uma de moralista, mas acho que tem que rolar uma definição. Peralá: você é gay ou não é?
O tal do psiquiatra Marcelo, do Big Brother, confessou em rede nacional que era homossexual, mas queria beijar a tal da Gyselle. A outra lá, Thatiana, tá ficando com um cara na casa, mas disse que vira e mexe beija outras garotas. Não tenho nada a ver com a vida deles, só acho que é tudo muito confuso. Eu, por exemplo, sempre gostei de homem e isso não vai mudar, mesmo que Gisele Bundchen se declare apaixonada por mim. É uma questão de preferência, minhas escolhas são muito claras pra mim.
Eu não sou contra os gays, nada disso. Tenho um melhor amigo gay, que vive muito bem, obrigada! É assumido, ganha seu dinheiro e não usa máscara em nenhuma situação. Gosto desse jeito dele, uma pessoa definida e dane-se quem não estiver de acordo.
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Já as lésbicas são outro lance. Vivem em guetos e gostam só de mulheres do mesmo grupo, desde que estas não sejam peruas. Vestem roupas largas para esconder o formato do corpo mulherzinha e bebem pra cacete. Sentam de perna aberta e fazem questão de ressaltar o lado masculino que não lhes veio com o órgão sexual. Falam palavrão, cortam o cabelo curto, permitem-se cultivar uma pança bem redonda e por aí vai...
A gente vive numa sociedade patriarcal e conservadora, onde a homossexualidade é considerada um modelo anormal de comportamento. Eu não acho, mas confesso, a bissexualidade não me entra na cabeça. Como é que pode duas coisas tão diferentes agradarem do mesmo jeito? NÃO ENTENDO! Eu acho que a década de 90 colocou a bissexualidade em voga, como um modismo talvez.
Não, não vem com essa de que o que importa é sentir o amor de todas as formas, que experimenta-se o novo para matar a curiosidade, que se tem uma postura dúbia até resolver os traumas e chegar a uma definição. Toma vergonha, rapa! Sai do armário, de cima do muro, defina-se.
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Eu condeno os mascarados, aquela lésbica que não assume ser lésbica e que diz que não precisa de homem pra nada, que vai fazer uma produção independente. Cala a boca vai, filho precisa de pai e de mãe, pára de ser besta metida a hetero moderninha. Também não dou conta daquele macho insuportável, que não tira da boca a frase: "EU ODEIO VIADO". Que levanta da mesa do restaurante se tiver um gay do lado, que não usa camiseta rosa, que fala que todo dia transa com uma mulher diferente, essas coisas... Uma busca incessante e ignorante pela redefinição do seu papel viril.
Tem um monte de gente que vai ler essa coluna e me xingar de preconceituosa, mas eu não sou. Eu tenho a minha opinião e só. Gay ok, vai num vai, não dá! Só pra deixar claro, eu falei sobre a falta de definição das pessoas, não estou impondo uma forma de vida que fuja das condições humanas de existência.
Quem é a colunista: Denise Molinaro, jornalista
Pecado gastronômico: mousse de tapioca com sorvete de mixirica, no Santa Gula
Melhor lugar do Brasil: praia do Pepê, no Rio de Janeiro, em frente a barraca do Sarney!
Como falar com ela: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.