Guia da Semana

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O Ministério da saúde adverte: Encontrá-las pode causar dano irreparável à saúde emocional. Espécie em potencial, ao contrário do que muitos supõem, as mulheres cafajestes existem e estão à procura de vítimas para acrescentar em sua listinha de conquistas.

Ser cafajeste é adotar uma postura egocêntrica emocionalmente, apresentando comportamento distante do esperado pela maioria dos homens. Geralmente, a pessoa age de má fé com o outro, segue a linha "falo certo, mas não vivo o que digo" e apta para raptar sua presa sem a menor cerimônia.

Se você, porventura, se deparar com moças obsessivas, sedutoras, envolventes, inteligentes, sagazes, astutas e antenadas, cuidado! Pode estar na presença de cafajestes ávidas por alvos fáceis. Provocantes e longe de possuírem letreiro acoplado no meio da testa, elas transpiram inicialmente boas intenções e caráter intocável. Faça chuva ou sol, elas mantêm mascarado seu instinto de caçadora.

"Minha amiga conheceu um cara de família, mas o azar foi dele. Começou a beber, a fumar, vendeu o carro para saldar uma dívida da faculdade dela, que ao invés de dar ao dinheiro o destino certo, gastou em roupa e ainda botou a fila para andar. Já está com outro, mas logo vai fazer a mesma coisa. Ela só curte o cara enquanto tem algo oferecer", conta a vendedora *Amanda, 25.

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Segundo a psicanalista Beth Valentim, uma mulher assim não se satisfaz com a paz e nem está preocupada com a dignidade. Sua vida é marcada por comportamentos que beiram a transgressão.

"Namorei dois anos com uma garota. Por ela ficava horas a fio fazendo aquele social com o sogrão. Não transávamos, porque ela se dizia virgem e não estava preparada. Acho que meu mundo desmoronou, quando descobri que levava o maior galho na cabeça. Ela me traía com um amigo meu que morava na rua debaixo. Um dia, fui até a casa dele e a surpreendi daquele jeito, no maior amasso com o cara. Não tive vontade de matar ela, mas sim de me matar por ter sido tão cretino", confidencia o publicitário *Maurício, 30.

A mulher age assim por problemas de sua essência, formação emocional, histórico familiar e meio onde vive. "A versão cafajeste feminina sofre de uma ansiedade patológica que por ser perversa destrói a vida de quem está a sua volta. De certo precisaria de tratamento, mas é difícil entender que, dessa maneira, vai terminar seus dias sozinha e abandonada por todos que antes a amaram", diz Valentim.

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A evolução feminina tornou-as mais independente e, quando existem princípios morais distorcidos, demonstram com facilidade o seu caráter. No passado, já existiam mulheres assim, mas a repressão as fazia segurar esses impulsos. Hoje, com a liberação sexual e financeira a mulher está livre para caçar suas presas.

Valentim afirma que este não é um comportamento feminino inato, afinal a mulher é maternal, cuidadosa e tem a tendência a ter parceiro fixo, mas quando se fala de distorção comportamental de caráter, a mulher pode estar longe dessa essência feminina por carregar características da personalidade cafajeste.

"É engraçado, mas mulher boazinha não é tão interessante quanto a cafajeste. O homem se sente atraído por mulheres que o envolvem em mistérios, os seduzem e os hipnotizam pelo modo com que conduzem o sexo", opina o consultor de negócios Anderson Mafra, 26.

Atitudes que figuram mau-caratismo, de maneira doentia, correspondem à lei da sobrevivência. É a máscara que a mulher adota para sentir-se forte o suficiente, a fim de sobreviver aos desafetos e buracos emocionais que a habitam.

"Se você tem esses impulsos e se identificou com algumas dessas características, antes que sofra muito e termine seus dias sozinha, procure ajuda. Desta maneira poderá se livrar desse sofrimento de desejar sempre superar os outros e viver a vida montada em repressões que, no fundo, não leva a nada", completa a Valentim.

*O nome foi alterado a pedido dos entrevistados

Colaboraram:
? Beth Valentim
? Anderson Mafra
? *Amanda
? *Maurício

Atualizado em 10 Abr 2012.