Foto: Sxc.hu |
Quando somos adolescentes, temos a ilusão de que podemos topar com nosso príncipe encantado em qualquer lugar. Andamos pela rua olhando para os lados, tendo a certeza de que o encontraremos, mais cedo ou mais tarde. A gente cresce e, aos poucos, percebemos que cedo não o encontramos. Aí vem o desespero de ser tarde demais. Começamos a entrar em crise, tendo uma certeza (que tiramos sabe Deus de onde) que jamais teremos alguém perfeito para nós.
Começamos então um relacionamento com aquele que achamos que é o cara do resto das nossas vidas. Um mês depois, descobrimos que ele também é o cara do resto da vida de outras garotas, com quem saía enquanto namorava você. Definitivamente, aquele não era o príncipe encantado, apesar de ter chegado num "cavalo branco" (você entende o que quero dizer, certo?).
Foto: Sxc.hu |
Enquanto você chora e lamenta sua falta de sorte no amor, há um "sapo" batendo à sua porta. É claro que você nunca fez questão de olhar para ele, pois ocupa a maior parte do seu tempo correndo atrás de um cara que não gosta de você. Essa é a lei da vida, minha cara! Não paramos para perceber, mas sempre existe um cara não tão bonito, muito menos tão simpático, gostando de nós. E ele, sim, aparece nos lugares mais improváveis.
Às vezes, topamos com um sapo logo que resolvemos desistir de tudo. Ele, carinhosamente, pega em nossa mão e nos faz caminhar de novo, acreditar nos nossos sonhos, nos faz ter a certeza de que somos capazes de nos relacionar com alguém que nos faz bem. E, aos poucos, percebemos que é ele, de verdade, o nosso príncipe tão esperado.
É meio difícil falar sobre isso quando se está no começo de um relacionamento. No início, temos a impressão de que eles são quem tanto buscamos. E somente depois de um tempo é que notamos o quanto são horríveis e nojentos. Mas a questão é: será que estamos dando valor para as pessoas certas? Devemos parar de correr atrás dos outros; cuidar de nós, da nossa saúde mental, física, espiritual... Precisamos ter a certeza de que somos capazes de amar e ser amadas, confiar que somos belas, inteligentes, divertidas. Pois só assim passaremos a sê-lo.
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Há momentos em que tudo o que queremos é sumir do mundo, mas a grande alegria da vida é estar nele. Se não há príncipes, que saibamos aproveitar os sapos que nos aparecem da melhor forma possível. Quem sabe, quando beijarmos um deles, ele não se transforma num belo príncipe?
Quem é a colunista: Louise Emille
O que faz: Quase atriz, quase jornalista.
Pecado Gastronômico: Pode me tentar numa bomba de chocolate.
Melhor Lugar da Cidade: Avenida Paulista.
Para Falar com Louise: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.