Foto: Sxc.hu |
Para uma pessoa comum se candidatar a qualquer vaga, ela precisa ser filiada ao partido há pelo menos um ano. Em seguida, deve ser aprovado como candidato em uma convenção partidária referente à posição que deseja ocupar.
A mestre em sociologia e co-autora do livro Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil, Luci Praun, diz que o problema maior não é conseguir se candidatar, mas sim ter condições de se eleger. "Participar de eleições com chances de ganhar significa, na maioria dos casos, concorrer com políticos que dispõem de grande quantidade de dinheiro para financiar suas campanhas", afirma.
Em relação às expectativas do público ao candidato, Luci explica que elas devem relacionar-se ao programa político de ação que é defendido por candidato e partido e os pontos específicos da campanha do filiado. A trajetória do político em questão também deve ser analisada e algumas questões levantadas: quais causas o candidato defende em sua prática cotidiana? De que maneira sua conduta política se liga a determinados interesses sociais? Que grupo social este candidato representa?
É importante também estar atento a outros detalhes que se expandem além do universo feminino. Em processos eleitorais que evidenciam imagem e marketing no lugar do programa político, é comum que pessoas que já possuam um nome construído na mídia saiam na frente de outros candidatos.
"Um outro elemento que creio que devemos considerar diz respeito ao desgaste do Congresso Nacional fruto dos inúmeros escândalos de corrupção e clientelismo. O Congresso, ao não passar a imagem de seriedade para a população, abre espaço para que candidaturas, muitas vezes sem conteúdo político sério, como o caso Clodovil, acabem capitalizando votos de uma parcela significativa da população", completa a especialista.
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Atualizado em 6 Set 2011.