Guia da Semana

Dentre os doze signos do Zodíaco, não há outro que seja tão alvo de preconceito contra Escorpião. Dizemos que "é de Escorpião" aquele que nasceu entre os dias 23 de outubro e 21 de novembro, mas isso varia de ano para ano. Quem nasce neste período, já deve ter passado por mais de uma vez pelo seguinte episódio:

- Qual é o seu signo?

- Escorpião.

- Ai, que medo!

+ Veja o especial de Horóscopo do Guia da Semana
+ Veja quais são as principais características do signo de Gêmeos
+ Confira quais são as principais características do signo de Leão

Mas, afinal de contas, qual o núcleo de temor que instiga a este constante tipo de declaração? O fato é que, arquetipicamente, Escorpião representa a morte. Não apenas a morte física, mas todo e qualquer tipo de "fim". É através deste signo que somos continuamente lembrados de que somos mortais e que tudo, por melhor que seja, um dia acaba.

De certa forma, aqueles que nasceram com o Sol em Escorpião (ou o ascendente ou a Lua neste signo) possuem consciência precoce de que todas as coisas acabam. Em alguns casos, a pessoa se deixa dominar por esta percepção aguda, e passa a vida oprimido pelo peso melancólico de que todas as coisas encontrarão seu derradeiro fim, cedo ou tarde. Mas para o Escorpião mais amadurecido, tal consciência se converte num poder muito especial: o de transformar não apenas a si mesmo, como todas as outras pessoas ao redor.

CAPACIDADE DE REGENERAÇÃO

Poucos signos são tão intensos quanto Escorpião. Sendo o resultado da combinação do elemento Água com o ritmo Fixo, é sabido que o oitavo signo tem capacidade invulgar de se regenerar. Os acontecimentos, ao invés de destrui-lo, deixam-no mais forte. Mas, por outro lado, em alguns casos temos o Escorpião que se torna apenas amargo e ácido, envenenando a si mesmo no processo.

Como ocorre em todos os signos zodiacais, há aspectos sombrios e nobres em Escorpião. Os aspectos mais sombrios dizem respeito a emoções por demais densas, ressentimento, mágoa: o mal feito dificilmente é esquecido, e este rancor envenena a pessoa por dentro. Já a nobreza escorpiana se manifesta quando o tipo - com o passar dos anos - alcança o nível superior de seu arquétipo: a Águia. A Águia vê todas as coisas a partir de uma perspectiva extremamente superior, e para isso conta com seus olhos poderosos, que a tudo enxergam. No Escorpião que se torna Águia, nada passa despercebido. A capacidade de análise crítica e o senso de profundidade tornam este tipo ao mesmo tempo fascinante e difícil de se conviver. Com Escorpião, afinal, é tudo ou nada, é quente ou frio, jamais morno. A vida é levada a partir de seus extremos, para que assim os potenciais possam se realizar plenamente.

Regido pelo planeta Marte em seu domicílio noturno e por Plutão como regente moderno, Escorpião reúne em si mesmo a persistência e a resistência para lidar com intempéries e, por conseguinte, ajudar outras pessoas a passar por momentos de crise. É no oitavo signo do Zodíaco que se realiza a descoberta da própria força interior, e descobrimos que somos capazes de muito mais do que sequer podemos imaginar. E, aqui, é impossível não deixar de apontar para o fato de que as mortes, os finais e as perdas são as garantias de que não seremos escravizados nem por nossos apegos. Entender isso pode causar alguma dor no começo, mas é uma compreensão libertadora!

Autor

Alexey Dodsworth

Consultor da UNESCO no Brasil e mestre em Filosofia e Ética pela USP. Astrólogo há mais de 20 anos, autor de livros do gênero e também das análises de Astrologia, Tarô e Runas do Personare.

Por Alexey Dodsworth

Atualizado em 11 Fev 2014.