Guia da Semana

Por Denise Molinaro


Transformar o ser humano em mensageiro da paz é algo utópico nas grandes metrópoles, principalmente em lugares onde o comportamento deliberadamente agressivo vira característica comum do convívio urbano.

Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no grupo das mais violentas do mundo e a proteção policial tornou-se insuficiente para a quantidade de criminosos que praticam assaltos, seqüestros, extermínios, furtos, roubo seguido de homicídio e outros crimes que interrompem a paz do cidadão. A partir daí e da elevação dos índices de criminalidade, o mercado deu espaço para o personal police, que nada mais é que um segurança particular, mas, a elite achou por bem classificá-lo dessa maneira.

Segundo Marcos Palácio, da empresa Grupo de Segurança, esses profissionais são habilitados a exercer a profissão após um curso feito por entidades autorizadas pela Polícia Federal, que formam vigilantes aptos a trabalhar como seguranças particulares. Mensalmente, esse serviço de proteção pode custar de R$ 7.200 a R$ 8.100, dependendo do esquema solicitado pelo cliente, por exemplo, segurança 24 horas com uma equipe em carros separados, rádio freqüência e contato direto com a central de monitoramento que a qualquer situação de risco avisa a polícia.

Há quem prefira total discrição, sendo assim o segurança funciona como um "anjo da guarda" quase que invisível, veste-se informalmente e circula pelo mesmo ambiente que seu cliente sem estar necessariamente ao lado dele o tempo todo.

Um dos maiores problemas enfrentados pela classe é a concorrência com os policiais militares em folga, cobram bem mais barato pelo trabalho semelhante, cerca de R$ 80 a R$ 150 por dia (ou noite), porém vale ressaltar que por lei é proibido o chamado "bico". Para este nicho do mercado, quando pior a segurança pública, melhor a segurança privada. Existem seguranças que somente para acompanhar e permanecer com a pessoa num evento noturno cobram R$ 265,00. Marcos conta que a faixa etária dos 18 aos 25 anos é a mais problemática, eles fazem questão de aparecer na balada com um segurança devidamente trajado de plantão, consideram status. Em alguns casos sentem-se privilegiados e arranjam confusões propositalmente, uma vez que sabem que tem alguém que podem livrá-los de uma surra homérica.

O personal police sempre anda armado, Marcos preferiu não revelar o tipo da arma, mas garante que são armas autorizadas pela Polícia Federal. O importante é verificar se esse profissional tem a ficha limpa, saber da procedência e sempre contratar de empresas especializadas para evitar problemas futuros, sempre lembrando que a violência não pode ser interpretada como tentativa de corrigir o que o diálogo não foi capaz de resolver.

Grupo Segurança
Fones: (11) 2578 1500/ 8535 1477

Aster Segurança
Fone: (11) 5181 7694

SGP Segurança Privada
Fones: (11) 3765 2305/ 3766 7183

Condor Intelligence
Fone: (11) 6942 6820

Atualizado em 1 Dez 2011.