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Após algumas tentativas frustradas de sediar as Olimpíadas, o Brasil finalmente conseguiu um feito parecido, porém menor, com os Jogos Pan-Americanos 2007 do Rio de Janeiro. O que para muitos brasileiros é sinônimo de orgulho, para outros é de vergonha. Estamos a poucos dias da abertura oficial, no dia 13 de julho, sexta-feira que vem (os supersticiosos que se contenham!), e as expectativas quanto à organização e segurança da cidade não param de crescer. É esperar para ver e torcer para que o desempenho do anfitrião sirva de exemplo para a almejada conquista de país-sede da Copa do Mundo de futebol de 2014.
Focando no que interessa de fato em um Pan-Americano, o Guia da Semana preparou um pequeno roteiro com os esportes mais elitizados dos Jogos, para que os amantes das modalidades possam entender melhor e seguir o desempenho dos atletas.
Hipismo
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A equitação é um esporte antigo, disputado desde os Jogos Olímpicos da Antiguidade na Grécia. Nas Olimpíadas contemporâneas, as provas de hipismo começaram nos Jogos de Paris, em 1900, com o salto em altura e em distância. Mas só em 1912, em Estocolmo, o esporte passou a integrar em definitivo o programa olímpico. O esporte fez sua estréia no Pan-Americano em 1951, nos Jogos de Buenos Aires.
É disputado em equipe e individualmente, e em três modalidades diferentes: Grand Prix, Grand Prix Especial e Estilo Livre (rotina de coreografia em ritmo de música). Tanto o cavalo como o cavaleiro ou amazonas são premiados com medalhas, pois ambos têm a mesma importância.
Entre os 14 atletas da delegação do Brasil, o mais conhecido é Rodrigo Pessoa por haver conquistado o ouro nas Olimpíadas de Atenas em 2004. Com o feito, foi elevado ao status de melhor cavaleiro da história do país. Ele vive em Bruxelas, onde possui um prestigiado centro de treinamentos com o pai Nelson Pessoa, o Neco, ex-técnico da equipe brasileira e uma lenda do hipismo nacional. Em Jogos Pan-Americanos, Rodrigo subiu ao lugar mais alto do pódio por equipes em 1995, em Mar del Plata.
O cavaleiro quase desistiu do Pan, devido à morte inesperada de seu cavalo Oásis no final de maio, mas resolveu dar um voto de confiança ao jovem Rufus, de nove anos. É com ele que Pessoa vai ao Rio.
| Dia das provas ? 14 a 16; 18; 20 a 22; 26; 27 e 29 Finais: 15; 18; 22; 27 e 29 |
Vela
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Na Antiguidade, a vela era um simples meio de transporte, também utilizado como uma atividade de lazer. Começou como esporte na Inglaterra, na metade do século XVII, com o rei Charles II, entusiasta da modalidade. Fez sua estréia olímpica em Paris, em 1900. No Pan-Americano, estreou na Argentina, em 1951, quando o Brasil conquistou duas medalhas, uma de ouro na classe Star e outra de prata na Snipe.
Algumas classes disputadas nas Olimpíadas não estão no Pan, como a Star. Os barcos que vão competir no Pan são: o Lightning, de três velas; o Hobie Cat, de duas velas; o Laser Radial e Standard, de uma vela, sendo a do Standard maior; o Snipe, de duas velas; o J/24, de três velas; o RS:X, de uma vela; e o Sunfish, de uma vela. As regatas acontecem em circuito de triângulo olímpico. As largadas são sempre em contravento, e as chegadas, a favor dele, com o vento em popa.
Entre os 16 atletas, grande destaque para o bicampeão olímpico e oito vezes campeão mundial da classe Laser, Robert Scheidt. Aos 34 anos é o maior nome da vela brasileira no Rio 2007. Após o bicampeonato olímpico em Atenas 2004, resolveu testar seu potencial na classe Star, e em 2006, montou um calendário exclusivo desta classe. Mas para o Pan, Scheidt abriu uma exceção e voltou à Laser.
| Dia das provas ? 22; 23; 25 a 28 Final: 28 |
Esqui-aquático
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Foi em 1922 que os esquis trocaram a neve das montanhas geladas européias pelas águas das praias dos Estados Unidos, graças à idéia do norte-americano Ralph Samuelson, de 18 anos, que utilizou esquis para percorrer o lago Pepin, em Minessota. Com o tempo, o jovem desenvolveu esquis próprios para a água.
A história em Jogos Olímpicos resume-se a uma participação como esporte-exibição nas Olimpíadas de Munique, na Alemanha. No Pan, o esqui-aquático é disputado desde Mar del Plata, na Argentina, em 95. São três provas diferentes: salto, slalom e truques. Entretanto, no Rio de Janeiro, a modalidade vai ganhar mais uma categoria: o wakeboard. Apesar de ser considerado um esporte radical, o wake fará parte do programa dos Jogos pela primeira vez.
A principal aposta da Confederação Brasileira de Esqui para a conquista da primeira medalha do país na modalidade é Fernando Neves, 22 anos, conhecido como Brucutu. Ele é o atual vice-campeão da modalidade slalom.
| Dia das provas ? 21 a 24 Finais: 23 e 24 |
Esgrima
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Desde a pré-história o homem usa objetos semelhantes a uma espada. Nas antigas Olimpíadas, vários tipos de esgrima eram praticados. Já nos novos Jogos Olímpicos, iniciou-se a verdadeira esgrima esportiva unificada. Nos Pan-Americanos, o esporte faz parte do programa desde a primeira edição, em 1951.
Existem três tipos de arma na modalidade: o florete, onde somente o tronco pode ser trocado; a espada, onde o atleta pode ser tocado dos pés à cabeça; e o sabre, onde toda região acima da cintura é válida para pontuar. Apesar do esporte remeter aos antigos duelos de espada que resultavam em sangue, na esgrima não há sequer arranhões.
Uma das atletas mais experientes da delegação brasileira é Maria Julia Herklotz, a Maju. Esta será sua terceira participação nos Jogos. Quebrou um tabu quando competiu em 99 como a primeira brasileira no florete depois de 12 anos. Ainda disputou as Olimpíadas de Atenas 2004, 68 anos depois da participação de uma brasileira na modalidade.
| Dia das provas ? 14 a 21 Finais: 14 a 21 |
Atualizado em 1 Dez 2011.
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