Guia da Semana

Não é só a gordura excessiva que faz mal à saúde, a falta dela também prejudica. Oposta à obesidade, a magreza, está associada a diversas doenças ligadas a subnutrição.

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O estado nutricional influi para a funcionalidade do sistema imune. Sendo assim, indivíduos dotados desta deficiência nutricional estão suscetíveis a apresentarem, com maior assiduidade, lesões e infecções. Além disso, o exagero da baixa de peso submete a alterações hormonais e metabólicas, bem como predispõe a doenças pulmonares e algumas doenças crônicas. A desnutrição assim que diagnosticada deve ser imediatamente combatida, pois pode gerar óbito do paciente, dependendo do estágio em que se encontra.

"É importante diferenciar o baixo peso relacionado a problemas de saúde, daquele que se caracteriza por ser herança genética e constitucional", lembra a endocrinologista Bianca Mariúba.

O emagrecimento pode estar vinculado a causas primárias, que consistem em baixa ingestão alimentar ou de origem psicogênica, ou secundárias, atreladas a doenças orgânicas. Nelas podem estar incluídas patologias hormonais (diabetes mellitus, hipertireoidismo), gastrointestinais (alteração da digestão e absorção de nutrientes), oncológicas, pulmonares (enfizema pulmonar) e infecciosas (AIDS, tuberculose).

Tanto a magreza quanto a obesidade são caracterizadas por um peso incompatível à altura. Para saber se há o equilíbrio entre ambas, basta calcular o índice de massa corporal (IMC), dividindo o peso atual (kg) pela altura ao quadrado (em metros). Pela classificação, é considerado normal o IMC entre 18,5 e 24,9. Abaixo de 18,5 é classificado como baixo peso.

"Comer é a melhor coisa do mundo. Como por vontade e pelo prazer proporcionado. Apesar de comer tanto, não engordo. Minha mãe tomava remédio para emagrecer quando me amamentava. Dizem que é por isso que sou magra, mas sinceramente acredito que haja alguma explicação plausível", relata a designer Cristiane Zitei, 21 anos.

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"Muitas pessoas comem em excesso e não engordam, mas isto depende do metabolismo de cada um. Há pessoas que contam com um metabolismo muito acelerado capaz de consumir toda carga de alimento que elas ingerem e outras consomem muito mais do que seus corpos são capazes de consumir. O metabolismo é mais lento e acabam engordando. Existem ainda aquelas pessoas que não engordam por possuírem distúrbio neuro-endócrinos", afirma a psicóloga Silvana Martani.

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O estado emocional pode contribuir para determinar a quantidade de alimentos que ingerimos, influenciando na oscilação do peso. Quanto maior a ansiedade, depressão e angústia, maior ou menor será a quantia de comida a ser consumida pelo indivíduo. Estar abaixo do peso ideal desencadeia doenças pelo déficit imunológico e problemas emocionais como a depressão, anorexia, irritabilidade, ansiedade, afastamento e isolamento dos amigos e familiares.

Mulheres abaixo do peso estão mais propensas a sofrerem aborto devido à condição nutricional, aspecto fundamental para amenizar as chances de uma gravidez de risco. Durante a gestação as necessidades energéticas e nutricionais da mulher aumentam para o desenvolvimento adequado do bebê. Se esta necessidade do corpo não for suplantada, a mãe pode não conseguir fornecer energia para a formação do feto, além das sofríveis alterações hormonais presentes que prejudicam a evolução da gestação.

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As vitaminas estão envolvidas em várias vias metabólicas que contribuem para o funcionamento adequado do organismo, porém não fornecem calorias e conseqüentemente não engordam. Os problemas relacionados à desnutrição são decorrentes de uma alimentação inadequada associada a hábitos de vida ruins da sociedade moderna, como o sedentarismo, estresse e alimentação incorreta.

O fundamental é manter uma dieta saudável e balanceada, escolhendo bem os alimentos e evitando grandes intervalos de abstinência deles. Especialistas aconselham a comer a cada três horas, evitando gorduras e frituras. Apenas a ingestão de verduras, legumes e frutas podem assegurar o fornecimento de todas as vitaminas e minerais. O abacate e o açaí são frutas que beneficiam o ganho de peso, já que são calóricas. Apresentam alto teor de gordura monoinsaturada, benéfica e que apresenta um efeito cardioprotetor, pois aumenta a síntese do colesterol-HDL, popularmente chamado de colesterol bom.

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O tratamento do baixo peso patológico, para ser efetivo e duradouro deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar composta pelo endocrinologista, nutricionista, psicólogo e psiquiatra (nos casos de transtornos alimentares). É esta orientação alimentar individualizada feita por equipe médica competente que permite a adesão do paciente ao programa alimentar, incluindo o aprendizado no preparo de alimentos, tornando-os atrativos.

Encontrar o meio termo entre os extremos parece impossível, mas é uma das lições mais implacáveis que a vida nos imputa. Manter o nosso corpo em equilíbrio com a mente e o espírito, ainda parece ser o caminho mais indicado para a conquista do bem-estar.

Colaboraram:
? Silvana Martani
Fone (11) 6914-4551
Site: www.psicologa.psc.br
Email: [email protected]
? Bianca Mariúba
São Pedro SPA Médico
Endereço: Av. São Paulo, 3.333 - Vila Domingos - Sorocaba - SP
Fone: 0800-552 717
Site: www.spasaopedro.com.br
? Ananda Lages
Postura Vital
Endereço: Rua Paula Freitas, 78, Grupos 202 a 204 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ
Fone: (21) 2545-5504 e (21) 2545-5509
? Sabina Donadelli
Site: www.sabinadonadelli.com.br
? Cristiane Zitei

Atualizado em 1 Dez 2011.