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Começou o evento que todo amante do futebol esperava: a Copa do Mundo. Lá na África do Sul, apenas dois atletas que defendem as cores de clubes brasileiros vão suar a camisa canarinho - Robinho e Gilberto. Todos os outros 21 convocados de Dunga jogam no exterior.

Esse indicativo de que o ludopédio praticado nos gramados tupiniquins não vai tão bem já foi mais verdadeiro em outras épocas. É que o desempenho de times como o Santos, que ainda não desencantou plenamente no Brasileirão, e o retorno de alguns jogadores consagrados (Ronaldo no Corinthians, Vagner Love no Flamengo, Fred no Fluminense, etc), fazem uma competição com mais potencial.

Não, desta vez só ficaram felizes com a pausa, os torcedores de times que precisam de mais tempo para se arrumar. O próprio Santos, desgastado fisicamente com a sequência de jogos no Paulista e na Copa do Brasil é um exemplo disso. O Peixe só emplacou um bom futebol na última partida, contra o Vasco, quando goleou por 4 X 0. Bom, foi o suficiente para garantir o quarto lugar, mas é um time que tem muito mais potencial do que isso, é a grande revelação do ano.

Para uma outra equipe, também de São Paulo, a paradinha era muito mais crucial: o Palmeiras. Na última semana, diante de uma ineficiência ofensiva atroz (seis gols em sete rodadas), o time, que assinou contrato com Kleber, o Gladiador (e dono de um cotovelo desgovernado, é bom que se diga), ainda precisa de mais jogadores de frente e um técnico que, se depender do sonho da diretoria, da torcida e da turma do amendoim, seria Luiz Felipe Scolari.

Do lado dos que lamentaram a breve pausa na competição estão os times que arrancaram bem no início do campeonato. O líder Corinthians não estava exatamente embalado, mas tem a melhor campanha por apresentar um futebol eficiente como Mano Menezes é capaz de fazer. Não tem motivos para perder o pique na retomada, mas o futebol guarda suas surpresas.

O Fluminense de Muricy Ramalho também andava bem, jogando o mínimo necessário, mas mantendo-se em terceiro. Por ter um treinador tricampeão brasileiro, especialista em disputas de pontos corridos e um time com bons jogadores, a equipe tem como principal desafio, manter a concentração.

No posto de surpresa e candidato a cavalo paraguaio do campeonato está o Ceará. O segundo colocado ascendeu para a Série A neste ano, e ainda não perdeu. Se mantiver o pique, será a grande zebra, o "estraga bolão" maior do ano (pelo menos na parte nacional, porque tem a Copa toda para o ser imponderável de Nelson Rodrigues atuar).

Que treinem os jogadores, apliquem-se os técnicos e descansem os torcedores. É hora de olhar para o continente africano. Depois a gente volta ao futebol jogado aqui.

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Eles prometem

O ano das torcidas do Rio

Na metade do Brasileirão