Guia da Semana

Foto: Sxc.hu


Andei analisando nos últimos meses a relação de homens e mulheres que se perdem em picuinhas e aproveitei para refletir sobre aqueles homens que simplesmente não admitem a falta que uma mulher faz em suas vidas. Mas ainda assim, não perdem a compostura, ou melhor; a postura de machão!

Aquela velha história de que homem não chora, não brocha e que seus orgulhos jamais devem ser feridos, não dá mais para aturar. Como é difícil para certos homens admitirem que simplesmente estejam apaixonados e ponto. Ou que, quando erram, erram e ponto. Eles ficam disfarçando e tendem a ser o super man; mas, cá entre nós, a gente sabe que esse tipo não existe.

Às vezes fico com a impressão de que muitos deles se sentem num campo de batalha, ou quiçá, para ser mais popular, num campo de futebol mesmo. Explico.

Sabe uma final de libertadores? Pois bem, o cara vai lá, veste a camisa do time, se concentra, treina, treina e treina até não poder mais, vez em quando toma uns "esbregues" do técnico, mas bora lá! O time tem que ganhar! O time tem que ganhar. o time vai ganhar. Caso contrário, seremos o quê? Um bando de loosers?

Foto: Sxc.hu
Jamais! Por isso que rola todo aquele turbilhão de sensações no meio de campo, os nervos à flor da pele, a torcida vibrando e vaiando ao mesmo tempo, enfim: tudo vira uma enorme panela de pressão.

Aí, acontece que a bola tem que entrar. Eles precisam marcar um gol! Mas se o gol não acontece. Ai, que tristeza! Tudo vai por água abaixo, uma tortura imensurável.

Exemplificando. Imagina só se você conhece o dono e criador de uma marca famosa de camisinhas e o cara não dá a mínima para o uso de tal. Simplesmente ignora a existência da borrachinha... Não soaria estranho? Com toda certeza, essa seria a última atitude que você imaginaria desse ser, confere? Controvérsias machistas assim, que nos fazem refletir sobre quem é o campeão desse ano? Eles simplesmente adoram falar e falar e falar, mas na hora do vamos ver, nada.

Foto: Sxc.hu
Têm aqueles que se acham a última bolacha do pacotinho e, ainda por cima, fazem questão de serem machistas de carteirinha; estão tão mal acostumados a ter o que querem que, quando se dão conta de que algo foge do seu controle, pronto! O mundo cai. Fazem o maior temporal num copo d´água e o orgulho ferido chega a ser engraçado de ver! Dizem estar apaixonados por você, embora não demonstrem, e você ainda tem que adivinhar que aquilo seja uma verdade absoluta. É mole? Acho que só tomando uma sopinha de quiabo para acostumar.

Bom, acontece também de você se deparar com situações divertidas, envolvendo pessoas importantes da sua vida, que dizem te amar, mas que já fizeram tanta besteira no passado, que você já não consegue mais encarar o fulano da mesma maneira, como antes. Mas enfim, você sai com ele. Esse é o caso clássico de um orgulho ferido; uma vez que esse cara sai com você, curte a noite inteira, mas quando não consegue finalizar o que deseja, por conta de uma situação bizarra, nada programada, num daqueles encontros meio desencontrados no final da noite, sabe? Enfim, ele te deixa em casa, claro, após trancos e barrancos, e depois liga dizendo: "Linda, hoje eu só queria mesmo ir pra cama com você!" - Só por que você não foi? Eu hein! Dizem essas besteiras só para nos atingir, ao passo que ele só consegue ferir a si mesmo.

E sempre tem aquele sujeito especial, que amamos, sentimos uma ternura gigantesca por ele e, ao mesmo tempo, aquela sensação de estar totalmente condenada a não falar coisas cheias de boas ou más intenções a essa pessoa. Lançar o comentário mais inocente e ao mesmo tempo mais infeliz de todos, está sempre prestes a acontecer. La maison est tombée de novo! Ele simplesmente te olha firme e pede para que o trate como um cara qualquer, sem cobranças. Cobranças? Você só faz questão de saber a quantas anda o coração-pedrinha do moço, com a esperança de amolecê-lo um dia. Porque ser concha nessa vida não está com nada e demonstrar os sentimentos é saudável sim e não coisa de boiola! Nessas horas só nos resta perguntar: O que é que eu faço, agora?

Mata no peito que é gol!

Foto: Sxc.hu


Olha, não manjo muito de regras de futebol, mas esse lance de impedimento acaba com qualquer situação que parecia estar perfeita, tudo por causa de um mau posicionamento, na hora errada, essas coisas...

São os homens, sempre suando a camisa, correndo atrás da bola para marcar o gol histórico de suas vidas. Será que existe um gol histórico? Vamos combinar que Pelés e Manés Garricha não costumam dar em árvores. Assim como os relacionamentos perfeitos.

Quem é a colunista: Carolina Marçal, AB+, mutável e total do bem.
O que faz: é publicitária, ama viajar, ler, escrever e beber com os amigos.
Pecado gastronômico: chocolaaaaaaaaate!
Melhor lugar do Brasil: qualquer um onde eu possa ver as estrelas.

Fale com ela: [email protected] ou acesse seu blog.



Atualizado em 6 Set 2011.