Guia da Semana

Foto: AFP


Imaginar uma bela morena de 1,75 m de altura, olhos azuis, um sorriso estonteante e cabelos castanhos que arranca suspiros por onde passa e não pensar nas beldades do cinema ou das passarelas parece fora da realidade. Mas não é. A descrição acima é a da goleira da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos, Hope Solo.


Quem acompanhou a Copa do Mundo das garotas, na Alemanha, que terminou no último domingo, 17 de julho, torcia não para que o time norte-americano ganhasse - mas que as adversárias levassem perigo ao gol das representantes do Tio Sam. Assim, as câmeras de TV poderiam focar na figura longilínea de Hope e fazer a alegria de quem estava na arquibancada do estádio e nos sofás do mundo todo.


Nascida Hope Amelia Solo, pouco se sabe do lado pessoal da norte-americana do estado de Washington. Sua história foi marcada pela separação dos seus pais quando ela tinha apenas seis anos de idade. Mesmo morando com a mãe, seu relacionamento com o pai, um veterano da guerra do Vietnã, foi bastante próximo, até sua morte, em 2007. O futebol apareceu na vida da bela quando ela ainda estava na adolescência. E mostrou logo a que veio: como atacante no time da escola onde estudava, ela fez 109 gols nos três anos em que jogou - o que rendeu também seus três títulos consecutivos.


Daí para frente, a carreira de Hope decolou. Na universidade, ela mudou de posição, passou para o gol e também mandou muito bem nas defesas. Sim, ela tinha nascido para o futebol. Jogou em alguns times dos Estados Unidos - atualmente, está no Magic Jack da Flórida - e também defendeu sua seleção nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008 - sim, elas também ganharam a medalha de ouro na final contra o Brasil.


E Hope treina muito. Em um vídeo promocional de uma famosa marca de produtos esportivos, que patrocina a seleção feminina de futebol norte-americano, Hope aparece se exercitando como homem: socos nervosos em um grande saco de areia, daqueles de aulas de boxe, flexões e exercícios com bola - além de mostrar o corpo bem definido da goleira e focar seus incríveis olhos azuis. E, falando em foco, ela conta como se sente nos momentos que precedem as cobranças de pênaltis, faltas ou escanteios. "Fico extremamente focada na minha defesa". As câmeras da TV também.

Nos jogos, elas não perderam tempo: Hope aparecia muito bem nas horas que ela orientava suas colegas sobre o seu posicionamento na pequena área na hora das cobranças de falta e escanteios, e também quando se esticava toda para evitar que a bola tocasse o fundo das suas redes. Sim, ela defendeu seu gol com maestria e poucas vezes foi vazada.


Mas a bela de 30 anos não quer se sentar no trono de goleira-musa da seleção do seu país. Destemida, ela não parece estar muito preocupada com o que as pessoas pensam a seu respeito. "Não me importo com a maneira que as pessoas me veem, porque estou aqui para fazer meu trabalho, e estou aqui para ser a melhor", continua. Ah, sim, a seleção norte-americana perdeu para as japonesas na final da Copa do Mundo. A organização e método das nipônicas venceram a força das americanas e nem viram a beleza de Hope. Parabéns para as japonesas, claro. Mas que Hope bate - ou melhor, defende - um bolão, disso temos certeza.

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Quem é a colunista: Jornalista por profissão, otimista por convicção e curiosa por...curiosidade mesmo.

O que faz: Jornalista e ex-teacher de inglês.

Pecado gastronômico: Comida japonesa é sempre bem vinda.

Melhor lugar do Brasil: Qualquer lugar onde eu me sinta bem!

O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: Joss Stone, hits dos anos 80, Roxette, dance music dos anos 90.

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Atualizado em 6 Set 2011.