Guia da Semana

Por Denise Molinaro


Num antigo prédio da Gávea, no Rio de Janeiro ela montou seu ateliê. A qualidade do trabalho fez a propaganda boca a boca aumentar e hoje Isabela conquistou respeito e destaque no mercado. "A marca cresce porque tem qualidade, eu só trabalho com tecido 100%, independente da peça, conta Isabela que tem 40% da sua coleção exportada para França, Japão, Inglaterra, Itália e até no Líbano.



Inspirou-se no estilo africano para estrear no Fashion Week em 2004, com batas cheias de miçangas e babados, misturadas a um grafismo especial que dava um toque urbano nos looks. Dessa forma cativou um público fiel, uma clientela feminina que desfila sua moda pelos points do eixo Rio-São Paulo. "Eu sempre faço uma pesquisa para criar a coleção, trabalho com temas, gosto de cores nas saias e nos vestidos, tenho poucas peças em cor preta, explica a estilista que acha que agrada ala feminina com combinações de cores fortes nos bordados e aplicações.

O estilo artesanal urbano agrada a juventude descolada que curte o rótulo da moda alternativa de bom gosto.

Quando criança Isabela atendia pelo apelido de Ibô, nome este que batizou seu ateliê. Sua história com a moda começou profissionalmente há 15 anos atrás, quando se deslocou até Florença para estudar. Finito o curso, integrou a equipe de estilistas da tradicional marca Maria Bonita por dez anos.

Saiu de lá e montou seu próprio negócio agradando não somente suas consumidoras, como também a crítica. No começo dessa semana ganhou o prêmio de destaque como estilista revelação.

Seguindo sua linha "artesanal moderna" faz um desfile no MAM, na área externa do SPFW, em entrevista ao Guia da Semana afirma que não vai contar com grandes tops nem com incrível cenografia, "Prefiro gastar com investimentos futuros, estou em fase de ascensão. Eu acho a Gisele e a Isabeli Fontana maravilhosas, elas brilham na passarela, mas cobram um absurdo. Eu nunca pagaria os R$ 300 mil que a Bündchen pede, diz a estilista.

Atualizado em 6 Set 2011.