Guia da Semana

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Meu Deus. Esse mês de outubro botou pra quebrar. Muita coisa rolou, que fez com que eu não tivesse tempo nem pra escrever a coluna do Guia. Sorry, staff! Aniversário, muito trabalho, compras como sempre e o tão esperado show da Björk no Brasil. Incrível mesmo são as datas especiais e comemorativas que existem nesse mês.

Além de meu próprio aniversário (faço dia 10), minha irmã também comemora em outubro. E entre fashionistas e celebrities librianos estão: Miguel Falabella, Dona Karan, Gwen Stefani, Karina Bacchi e Catherine Deneuve. Pessoas diferentes entre si, mas com características comum entre todos. Librianos de certo modo, são pessoas com gosto refinado, criativos e empreendedores. A análise dos astrólogos não me deixam mentir. Não é à toa que faço parte desse clã e adoro todos os nomes citados. Não sou uma pessoa que lê o horóscopo todos os dias, nem compro aquelas revistinhas que saem em janeiro prevendo o ano todo por signo. Por esse motivo, não acredito cegamente em tudo que meu perfil de libriano diz. Acredito em mim mesmo. Tem gente que lê algo sobre seu signo, tipo uma aptidão profissional, e a pessoa querer ser aquilo que ela nem sabe sem tem talento praquilo.

Voltando ao Happy Birthday! Por conta de muito trabalho, não programei nada para uma comemoração inesquecível como de anos anteriores. Lembro-me de um aniversário que ficou pra história. Eu trabalhava numa produtora que o empresário só empregava mulheres bonitas... Eu fui um dos primeiros homens a entrar. Sabe aquele telejornal que do SBT com a Analice Nicolau e a Cynthia Benini, que foi apelidado "Jornal da Minissaia?". Agora imagina trabalhar numa empresa de pernas de fora, onde tem uma mulher de 47 anos que finge ter 32, outra que transforma a blusa em minissaia ou lenço de cabeça, ou mesmo uma fulana que vivia chorando pelo namorado cameraman? Pois eram essas as convidadas da festa que eu fiz na Lôca. Na época, freqüentava muito o club, então resolvi levar todos para o então melhor underground paulistano. Era um dia de chuva, que até pensei que ninguém fosse. Eu todo de branco, como se fosse realizar um despacho. Dançamos até alta madrugada, bebemos e fizemos passinhos na área vip. No outro dia, fiz um show com o Mc Serginho!

Acho que a cada ano que passa, tenho mais preguiça de comemorar meu aniversário. Não agüento mais os "amigos" que te mandam mensagem no celular, por e-mail, orkut ou msn. Ligar que é o mais fácil, e não vai demorar 02 minutos, está sendo cada vez mais raro. Pior mesmo são aquelas pessoas que ficam meses sem falar contigo, e sempre que te vê dizem: "precisamos marcar...." Daí quando você liga pra marcar, a pessoa nunca tem tempo. Esse ano reuni alguns amigos em casa para um drink.

Mês de outubro tive muito trabalho. Um deles ocorreu no último dia do mês. Fui chamado às pressas para convidar famosos para a inauguração da Guess na Oscar Freire. Levei como convidados a Negra Li, Iran Malfitano e a Penélope Nova. Mas o mais interessante nesse evento foi perceber o quanto as pessoas querem parecer mais interessantes do que realmente são. É fácil perceber: você vê aquele aspirante a ator que fez uma pequena participação, mas como eles costumam dizer "marcante" numa novela, e vivem desse rótulo por muito tempo. Aí, é só aparecer um flash ou uma câmera, eles contracenam entre si, mostrando intimidade e que todos são amigos de todos, numa teatral atitude blasé.

E ainda uma sobre o mundo dos famosos. Outubro não somente trabalhei, mas gastei e muito. Fui a dois bazares: Zoomp e Puma. No primeiro, preços convidativos que dava vontade de levar tudo; o único incômodo era o de não provar as peças. Mas imagine a minha surpresa ao ver que não era somente eu, um pobre jovem empreendedor, que fazia compras em bazares. Eis que olho pro lado e vejo um pseudo-galã, que atuou em três novelas diferentes - Paraíso Tropical e Pé na Jaca, além da atual Duas Caras, onde ele vive um desocupado descamisado - num período inferior a 02 anos. Não acho vergonhoso pra ninguém mais ou menos conhecido comprar em liquidações, pelo contrário, mostra que a pessoa valoriza bem seu dinheiro. É que a pessoa tão sem-noção agia como se fosse um evento de gala, não entendia que aquilo era um salve-se quem puder, e que se fosse preciso rolar no chão pra disputar um casaco, eu não hesitaria em fazer.

O que realmente fará meu outubro o mais inesquecível de todos será o show de Björk. Meu Deus, o que foi aquilo? As pessoas que me conhecem sabem o quanto eu esperava por esse memorável encontro. Fui apresentado ao universo Björk no final dos 90. Ainda cursava o Senai, e ouvi Hyperballad na lendária Sound Factory, e daí em diante, jamais deixei de ouvir ao menos uma música sequer. Vê-la tão de pertinho (estava na área VIP) depois de quase dez anos de adoração à distância foi uma das melhores sensações que já senti. Já assisti inúmeros clipes e atuações ao vivo pela internet, mas pessoalmente é inexplicável. Fora os problemas técnicos, adorei tudo. Fiquei perplexo com sua técnica e a forma que domina sua voz, seu figurino que parecia ter saído de um quadro de pintura abstrata, o seu grupo de sopros, que abriu o show, tipo anunciando que o circo chegou, sabe como? Realmente Björk é um circo de referências e informações. Mas infelizmente grande parte dos brasileiros não está preparada para uma artista como Björk. Eles preferem músicas fáceis de entender e ritmos que possam mexer da cintura pra baixo.

E em outubro ainda tem o dia das crianças e de Nossa Senhora de Aparecida. Além de tio, sou padrinho do meu sobrinho. Ele é uma total exceção de tudo que eu disse. Não o vejo muito, pois trabalho muito, além de moramos longe um do outro. Uma lembrança que tenho de Outubros passados é de uma comemoração que minha avó sempre fazia no dia 12 de outubro. De tão surreal, chegava a ser cômico: ela enfileirava as crianças do bairro e instalava uma pichorra - sim, uma pichorra como aquela do episódio do Chaves - para que os meninos, com uma venda nos olhos e um cabo de vassoura nas mãos, quebrassem aquele medonho objeto. Além de balas e guloseimas, a pichorra sempre era abastecida com dinheiro. Isso eu tinha entre 08 e 12 anos.

Em pensar que mais de dez anos depois, nem bala eu me atrevo a consumir!!!! Outubro passou muito rápido. Nessa época, já está mais que na hora de organizar o Natal na casa da família, e a viagem de Reveillon com os amigos. Tem gente já preparando o Carnaval. Assim como qualquer outra época do ano, o mês é de muito trabalho, força e dedicação. É nesse período que costumamos analisar como foi nosso rendimento do ano e fazer os planos que seguiremos no ano seguinte.



Leia as colunas anteriores do Ale:

? O sexo como moeda de troca na ficção e na vida real: Por que todo mundo ama a prostituta da novela e condena a profissão na vida real?

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? Maratona fashion: os deslizes e as chatices dos desfiles do calendário nacional da moda.


Quem é o colunista: Ale di Lima

O que faz: Agente artístico e freqüentador assíduo do underground paulistano.

Pecado Gastronômico: Pavê preto e branco, devorado durante o day off.

Melhor lugar do Brasil: O pôr-do-sol na praia de Ipanema.

Para falar com o Ale: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.