Fotos: Arquivo Pessoal |
Com 50 anos de idade, a atleta Maria Elisabete Jorge mostra a força da mulher. Há 16 anos, ela pratica o levantamento de peso e hoje treina a equipe masculina de Minas Gerais, além de ter sido treinadora da equipe feminina do Rio de Janeiro.
Recordista do esporte aos 45 anos, com 90 quilos de arremesso, coleciona títulos. Foi tetra campeã mundial da categoria máster, campeã sul americana absoluta em 92, recordista sul americana em 96, tem um bronze em Pan Americano, é sétima colocada no mundial de 94 e nona colocada nas Olimpíadas de Sidney. Além disso, foi campeã brasileira até o momento que surgiu a nova atleta Aline Campeiro.
Maria explica que não existe um peso mínimo ou máximo para a mulher levantar, isso varia de acordo com a atleta. Existem mulheres da Ásia, por exemplo, que levantam mais peso do que os homens brasileiros.
Apesar de muita gente pensar que o esporte é masculino, ela conta que o levantamento de peso faz muito bem para o corpo. Para ela, o atleta deve ser disciplinado, não pode desviar a alimentação e deve ter cuidados com o sono, fumo e bebidas alcoólicas. O desenvolvimento muscular em mulheres que não utilizam a testosterona (homônio masculino) é bastante saudável, definindo glúteos, coxas e pernas sem ficar exagerado.
As diferenças não param por aí. Segundo a campeã, treinar mulheres é bem mais difícil, pois elas não gostam de errar e, quando isso acontece, choram. "A mulher é muito sensível e, principalmente em época de TPM (Tensão Pré Menstrual), é preciso saber lidar e tomar cuidado com as palavras utilizadas durante os treinos", diz.
Atualizado em 6 Set 2011.