Guia da Semana

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A lipoaspiração é, sem dúvida, a cirurgia plástica mais comentada por todas as mulheres. Há várias razões para isso: é o sonho de consumo de muitas delas - e também uma das cirurgias mais realizadas. Além disso, está sempre em evidência, por conta do medo de alguns pacientes que veem relatos negativos na mídia, e também do constante aparecimento de inúmeras novas técnicas - tidas como milagrosas, sempre aparece a "última técnica do momento".

Escrevi inúmeros artigos sobre quase todos estes tópicos, mas o assunto sempre rende um pouco mais. Devido ao mítico laser, que parece ser mais moderno, seguro e sofisticado, a lipoaspiração a laser tem sido muito comentada. Ela, como todas as lipos, é um procedimento da cirurgia plástica e, portanto, deve ser realizada por um cirurgião plástico especialista.

Como toda lipoaspiração realizada hoje, a lipo a laser é feita pelo método tumescente, quando se injeta uma solução na gordura para aumentar o seu volume, de maneira a facilitar a sua retirada. A solução frequentemente é formada por soro fisiológico, adrenalina (para reduzir o sangramento) e anestésicos locais. Por ter incisões muito pequenas, em torno de quatro milímetros, uma cânula com um laser na ponta é introduzida na camada gordurosa da pele e, ao entrar em contato com as células de gordura, o calor emitido pelo laser as leva ao seu rompimento.

Depois disso, essa camada fica parcialmente destruída e libera a gordura "liquefeita". Para retirá-la, junto com os detritos das células destruídas, outra cânula (geralmente tradicional) é introduzida, e é feita a lipo tradicional. O laser não retira gordura, apenas a destrói.

Tenho realizado a vibrolipoaspiração após o uso do laser, pois o trauma da cânula vibratória é menor do que a tradicional, o que leva a um menor sangramento e uma recuperação mais rápida.

A grande vantagem do laser na lipoaspiração, na minha opinião, não está na retirada da gordura (outras técnicas fazem isso com ótimos resultados e segurança, como, por exemplo, a vibolipoaspiração), mas, sim, nos efeitos gerados pelo calor do laser na camada de gordura, que também ajuda a minimizar o sangramento, por meio da coagulação de pequenos vasos (veias e artérias).

Além disso, ao esquentar internamente, pode levar a uma maior contração da pele, com potencial de maior reparação de uma leve flacidez. Por fim, a lipo a laser é uma boa alternativa, principalmente em associação à vibrolipoaspiração e em casos de leve flacidez de pele.

Leia as colunas anteriores de André Colaneri:

Cirurgia plástica na adolescência

Vibrolipoaspiração

Existe idade certa?


Quem é o colunista: André Colaneri.

O que faz: É médico perito judicial em cirurgia plástica, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas com especialização em Cirurgia Plástica. Hoje é um dos expoentes nacionais na sua área de atuação.

Pecado gastronômico: Frutos do mar.

Melhor lugar do Brasil: Fernando de Noronha.

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Atualizado em 12 Fev 2014.