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Um machucado, dependendo de seu grau, sempre deixa aquela marca no corpo, que fica para a história. Mas não é uma marca qualquer. A cicatriz é a reação do organismo contra o meio externo para, principalmente, não causar infecções. O Guia da Semana mostra quais são os tipos de cicatrizes e as possíveis cirurgias plásticas para retirar, diminuir ou até mesmo colorir estas marquinhas tão indesejadas.
A cicatriz acontece devido a uma agressão à pele, como quedas ou queimaduras. "Células denominadas fibroblastos são a resposta do organismo. Elas fazem a reparação da epiderme, produzindo colágeno, que é a principal substância para formação da cicatriz", explica o dermatologista Marcelo Bellini.
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Para prevenir que uma simples cicatriz possa se tornar um quelóide, dermatologistas recomendam gel de silicone ou injeção de corticóide. "Caso haja uma diferença de cor, existe uma pequena cirurgia a laser para recuperação da cor da pele natural", comenta Bellini.
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O tipo de cirurgia varia de acordo com o grau da cicatriz. Há as que ficam largas, escuras, claras e alargadas. Mas não pensem que elas desaparecem, como se nunca existissem. "Qualquer procedimento cirúrgico deixa uma cicatriz como resultado, isto é inevitável", comenta Borges. O que o cirurgião plástico faz é colocar as cicatrizes em dobras naturais ou escondendo-as dentro do cabelo, por meio de ressecção simples ou sutura, até a confecção de retalhos de pele para cobrir áreas que estão sem pele. Na maioria das vezes e o mais comum é a aplicação de corticóide, pois ajuda a melhorar a cicatrização pós-cirúrgica e previne a formação de quelóides.
Saiba alguns dos procedimentos cirúrgicos para remoção de cicatrizes |
? Largas: retira-se o centro da marca e deixa apenas uma moldura, ligando borda a borda por meio de pontos e depois faz a aplicação de corticóide. ? Escuras: são originadas através de queimaduras. Utilizam-se fórmulas clareadoras com ácido kojico, ácido fídico e peelings (remoção da pele, através de laser, ácidos ou lixamentos) ? Claras: também originadas de queimaduras. Utilizam-se substâncias que estimulem a pigmentação, como pergamota e tacrolimus. ? Alargadas: o procedimento é chamado Subexcision. Aplica-se anestesia e coloca uma agulha embaixo da pele, provocando um hematoma e estimulando os fibroblastos na produção de colágeno. |
No caso de correções de marcas inestéticas, o cirurgião procura "quebrar" as linhas das cicatrizes, aliviando a tensão das forças da pele que cooperam para que elas se alarguem. "Hoje, existem técnicas como o shaving ou raspagem e dermoabrasão das cicatrizes que melhoram as mais salientes", explica o cirurgião.
Os cuidados maiores devem ser tomados pelo paciente após a cirurgia. Os especialistas recomendam a utilização de malhas compressivas, adesivos de silicone. Além disso, são usadas pomadas de corticóide, ou as que contem as substâncias heparina sódica, alantoína e cepalin® (preço médio R$ 40,00). Existem cremes a base da planta Rosa Mosqueta, cujo óleo extraído da semente é essencial para cicatrizações.
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O laser é outro meio de redução de cicatrizes. O de Érbio e de CO2 são duas substâncias usadas para redução das marcas. "Todos esses processos estão em estudo, fase de teste", explica Bedin.
As técnicas utilizadas para remoção podem ser aplicadas em qualquer local do corpo. "Isso só depende da direção do problema, extensão, qualidade da pele e proximidade às cavidades naturais, como vagina, ânus, olhos e boca", finaliza Flávio Borges.
Colaboraram:
? Gustavo Viana Tilmann
? BG Cirurgia Plástica
? Marcelo Bellini - Professor da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
? Valcinir Bedin - Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
Atualizado em 10 Abr 2012.