Guia da Semana

Foto: Getty Images


Quando o assunto é anticoncepção, existem diversos pseudomédicos. São os balconistas, amigas, primas e irmãs, que indicam pílulas com base em vantagens financeiras ou cólicas menstruais. Mas como saber qual é o melhor método para cada mulher, em determinado momento da vida?

Antes de tudo, é preciso saber exatamente o perfil hormonal, social e os antecedentes médicos. E só a ginecologista poderá diagnosticar e indicar o melhor método anticoncepcional.

Dois anos após a primeira menstruação, o perfil das possíveis usuárias de pílulas combinadas (estrogênio e progesterona) deve ser a ausência de antecedente de trombose (alteração sanguínea), histórico negativo de hepatite (em pelo menos dois anos) e não fumar.

Para as jovens esquecidas, talvez o mais adequado seja colocar um implante de progesterona, que também trata a TPM (Tensão Pré-Menstrual) e dismenorreias (cólicas menstruais), estimuladas pelo estrogênio produzido pela mulher. Existem implantes colocados sob a pele com duração de seis meses, um ano e até três anos. Todos são reversíveis e seguros, garantindo a proteção contra riscos de doenças alimentadas pelo estrogênio, como é o caso de endometriose e miomas.

Os injetáveis (mensais ou trimestrais) são indicados para quem vai fazer uso por pouco tempo, por algum problema gástrico. Já a pílula de emergência faz jus ao nome e acaba sendo eficaz no caso de falha de métodos como coito interrompido, preservativo rompido ou esquecimento da tomada da pílula. Mas, atenção! É uma dose única e tomada apenas uma vez no mês.

Existem ainda os DIUs - com ou sem hormônio - que na geração "ficante" não é muito indicado por risco de infecção ascendente e posterior infertilidade.

Os adesivos semanais têm a comodidade, mas - às vezes - causam irritação na pele e devem ser substituídos. O diafragma não faz parte da cultura da brasileira. O importante é estar informada. Mas me despeço com o mesmo conselho de sempre: não tome esta decisão sozinha, consulte um ginecologista.

Leia as colunas anteriores de Denise Coimbra:

Movidas pela vaidade

Quebrando Tabus Sobre TRH

Qualidade de Vida na Maturidade

Quem é a colunista: Denise Coimbra é médica ginecologista e obstetra.

O que faz: é formada pela Santa Casa de São Paulo. Participa do grupo de Reprodução Humana da UNIFESP e tem uma clínica em São Paulo especializada em Saúde da Mulher e Fertilização.

Pecado gastronômico: petiscos com cerveja, em um bar com amigos.

Melhor lugar do Brasil: Guarujá, onde curto meus fins de semana com meu marido e minha filha.

Como falar com ela: [email protected] ou acesse seu site.

Atualizado em 6 Set 2011.