A feira chegou à maioridade: na sua 18ª edição, ela vem com 40 expositores e atraiu cerca de 20 mil participantes. E mais números para impressionar: hoje, no mercado brasileiro, são 12 mil os produtos disponíveis para venda, tanto em sex shops quanto nas lojas virtuais. Um sucesso que se mede em reais: em 2010, foram vendidos quase R$ 1 bilhão em produtos - que não se resumem a vibradores, filmes eróticos, fantasias e lingeries. O catálogo é bem amplo e abrange cremes, géis, velas aromáticas, calcinhas comestíveis, chocolates e alguns produtos inusitados.

A novidade neste ano vem por conta da Tenga, uma marca japonesa de produtos eróticos voltados especialmente aos homens. Criada por um engenheiro mecânico que trabalhou na indústria automobilística, os itens da Tenga foram desenhados para a masturbação masculina. Um deles é o Tenga Egg (R$ 25): do tamanho de um ovo de galinha, ele é feito de silicone extraflexível. Oco por dentro, a superfície interna tem diferentes desenhos em alto relevo, como triângulos, espirais, ondas e teia quadriculada. É essa textura que é o segredo: ao ser introduzida e massageada no pênis, os relevos causam diferentes sensações. Outro artigo da mesma marca promete simular posições sexuais e o sexo oral.

O dispositivo tem formatos e densidades diferentes, para tornar a experiência mais real.

Mas não são só os produtos altamente tecnológicos os mais procurados pelos homens. De acordo com Lígia Assumpção, da loja Atrevida, de Manaus (AM), o mix de artigos que eles mais consomem é variado: géis excitantes e os auxiliares de ereção. Mas até aí tem uma novidade. "É uma pastilha que ele coloca na língua ou no céu da boca. O efeito fica por uma meia hora", conta. Os filmes eróticos perderam espaço nesses últimos anos. Embora ainda à venda, não estão no topo da lista.

Outra particularidade do consumo masculino de produtos sensuais é a visita às lojas: eles geralmente vão sozinhos, diferentemente das mulheres, que vão sempre com alguma amiga. "E eles são mais objetivos: vão direto no produto que querem levar. Na maior parte das vezes, vão incentivados pelas namoradas ou esposas", conta Paula Aguiar, da Abeme (Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico).

A Erótika Fair não é somente uma feira de produtos sensuais. Os shows atraem aqueles que querem ver performances ao vivo de strippers - e se divertir também. A transformista Silvetty Montilla brincou com a plateia e chamou algumas pessoas para participar de alguns números. Um dos pontos altos foi o show das Fetish Dolls: uma dupla de strippers tatuadas que se apresentou ao som de rock pesado e usou elementos pirotécnicos, para trazer mais "calor" ao evento. Literalmente.

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Confira aqui o que rolou na Erótika Fair para elas

Fotos: Gael Oliveira/APH