Guia da Semana

Foto: Sxc.hu
Depois de uma certa idade, começamos a pensar em assuntos antes nunca questionados. Estou falando de casamentos, claro. Não que nós, mulheres, precisamos do matrimônio para sermos felizes, não mesmo! Mas, com toda certeza, quando o tempo vai passando, já não encaramos nossos parceiros como antes, quando mais jovens. Explico. Depois de alguns relacionamentos, admito que no meu último, a maternidade me pegou de verdade. Sim, mulheres fazem planos. Não é regra; afinal existem muitas que não querem ter filhos. Há de se respeitar, embora eu não consiga entender, porque quero ser mãe!!!

A maternidade sem dúvida começa a preocupar mulheres que estão quase na casa dos 30 ou mais. E o engraçado disso tudo é que quando convivemos muito tempo com um grupo de mulheres, a maioria de uma mesma mesma faixa etária, acabamos ouvindo seus desejos e anseios, com frases do tipo: "Amiga, será que sou casável?" Aí, a outra responde totalmente sem pensar: "Claro que sim. Não casável sou eu!"

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Besteiras a parte, a mulherada de plantão, por mais independente que esteja, prezando sua liberdade e aproveitando a vida com a maior intensidade, no fundo no fundo, so? querem se casar e ponto. Que m#@$%! Essa é nossa sina? Depender de um homem para ser feliz? Afinal, a solidão existe para todos, nem vem que não tem! Todos nós somos carentes, de uma maneira ou de outra. Só fazendo um pequeno adendo de que casamento não necessariamente quer dizer entrar na igreja de branco, véu e grinalda, ok? Falo de morar junto, fazer planos, dividir mesmo banheiro, alegrias, tristezas, disputar o cobertor, rachar as contas, aguentar a teimosia alheia evitando cara feia, fazer aquele esforço danado pra ir à festinha de aniversário do amigo do amigo dele, aguentar umas roncadas de vez em quando, entre outras "cositas".

Sabemos que, para viver tudo isso, existe um preço. E não é muito fácil. Haja paciência e desprendimento para que tudo dê certo sem muitas crises. Jesus, como é difícil!

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Como dizia minha avó: "Tirando o que não presta, o resto tá bom!" Então como resolver o tal problema da idade?Afinal, os anos vão passando e a fila tem que andar. E é aí então que começamos a nos questionar o porquê dos relacionamentos findarem sem ao menos deixar margem para explicações. Fazemos planos e mais planos e, de uma hora para outra, a coisa simplesmente acaba. Puff! "Acabou o efeito nêga, parte pra outra!" - Grita a fada madrinha...

Como não se descabelar com o tempo, esse tão temido inimigo das mulheres? Parece até que nada nunca terá um final feliz, como naqueles livros que marcaram nossas infâncias. E começar do zero, algo novo, sempre dá trabalho. Costumes e intimidades devem ser construídas novamente, tim-tim por tim-tim.

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No final das contas, todas nós sofremos pelos mesmos problemas, queremos romance de novela e estamos sempre procurando saber se somos ou não perecíveis. Sera? que o prazo de validade já venceu?

Outro dia, ouvi uma amiga dizer que a cada vacilo do seu homem, a mulher deve se defender, respondendo à altura, e então resumiu numa só frase: "A cada mergulho, um flash". Entendeu? Se não entendeu, então pan pan pan!!!!

O importante é não se preocupar e lembrar que os alimentos perecíveis são deliciosos, exóticos e estimulantes, enquanto os não perecíveis, em sua maioria, são básicos, como o arroz e o feijão! Que pode até ser bom, mas se comer todo dia, enjôa...

Quem é a colunista: Carolina Marçal, AB+, mutável e total do bem.
O que faz: é publicitária, ama viajar, ler, escrever e beber com os amigos.
Pecado gastronômico: chocolaaaaaaaaate!
Melhor lugar do Brasil: qualquer um onde eu possa ver as estrelas.

Fale com ela: [email protected] ou acesse seu blog.



Atualizado em 6 Set 2011.