Guia da Semana

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Após nove meses carregando no ventre o fruto de um relacionamento, chega a hora de dar à luz ao filho. Neste momento, surge a dúvida de muitas mulheres: normal ou cesária?

O parto normal acontece via vaginal e só é possível na presença de contrações uterinas com duração entre 8 a 12 horas. Por se tratar de um procedimento espontâneo, a passagem do feto se dá através do colo do útero, vagina e vulva. Apenas, quando existe risco materno ou fetal, este tipo de parto é contra indicado, sendo a mãe direcionada ao parto cesariano, que consiste em procedimento cirúrgico realizado por meio de um corte na parede abdominal e do útero. Diante da presença ou ausência de contrações, a sua indicação é para casos, onde haja risco de morte para a mãe, o bebê ou ambos.

Situações mais comuns, onde o parto normal é contra indicado
? Posição inadequada do bebê - Se o feto está sentado ou transverso
? Ausência da dilatação do colo uterino
? Gestante com complicação de bacia
? Fetos muito grandes
? Sofrimento fetal
? Fetos múltiplos
? Localização da placenta
? Cesarianas anteriores
? A evolução inadequada da dilatação do colo do útero na presença de contrações uterinas
? Descolamento prematuro da placenta (que ocasiona hemorragias e falta de oxigenação)
? Cordão umbilical curto
? Gestantes portadoras do vírus HIV


Os médicos costumam indicar primeiramente o parto normal, por ser fisiologicamente melhor se levarmos em conta as condições maternas e fetais. O período para a recuperação da mulher que sofreu parto normal é de 20 a 30 dias, enquanto que para a submetida à cirurgia abdominal pode variar entre 30 e 40 dias.

"O melhor tipo de parto é aquele que vai ser melhor para a mãe e o recém-nascido, seja ele vaginal ou cesárea. É necessário que durante o pré-natal a gestante tenha todo e qualquer tipo de dúvida esclarecida pelo obstetra. Muitas vezes por falta de informação ou medo das contrações, a grávida opta pelo parto cesárea", explica a ginecologista Lilian Paiva.

A alta hospitalar é dada após a paciente estar em condições de andar sem apoio, com intestino e bexiga funcionando sem problemas. As condições de alta dependem também das perdas sangüíneas durante o parto. O retorno às atividades requer avaliação prévia para verificação das condições.

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Se para a mãe, a operação cesariana implica no aumento de riscos de morte, lesões acidentais, reações anestésicas, infecções e hemorragias, para o recém-nascido confere a possibilidade de interrupção prematura da gravidez por erro de cálculo gestacional, especialmente no caso de cesáreas com data marcada. A recuperação é mais difícil para a mãe, levando a um período maior de separação entre ela e o filho.

No parto normal, os benefícios são inúmeros, tanto para a mãe como para seu bebê. Vão desde uma melhor recuperação da mulher e redução dos riscos de infecção hospitalar até uma incidência menor de desconforto respiratório do bebê. Após o parto, o recém-nascido pode ser acolhido e abraçado pela mãe, nesse momento se estabelece o vínculo maternal.

Fatores como dor, stress cirúrgico podem interferir na produção de leite, independente do tipo de parto. Apesar de serem mais freqüentes nas cesarianas, isso não é um consenso.

"É um verdadeiro crime transformar a finalização da gestação em um ato bárbaro, incompatível com o momento atual de evolução. O importante não será a via de parto e sim que mãe e filho fiquem bem físico, psíquico e emocionalmente", conclui a ginecologista Elizabeth Novaes.

Colaboraram:
? Lilian Paiva
? Elizabeth Novaes

Atualizado em 6 Set 2011.