Guia da Semana

Foto: Divulgação

O charmoso sorriso de Humberto Martins sempre arrancou suspiros de muitas mulheres

Desde Sexo dos Anjos, de 1989, o ator contabiliza 15 novelas. Entrte as quais, sucessos como Quatro por Quatro, Sinhá Moça, Caminho das Índias e agora, Escrito nas Estrelas. Feliz por dar vida a Ricardo, o ator o considera importante para sua carreira pela intensidade dramática requerida para compor o personagem. Aos 49 anos, o pai de Thamires, 21, Humberto Filho, 13 e Nicolle, 3, não faz planos para o futuro, apenas encara as oportunidades. Conheça mais sobre ele.

Guia da Semana: Como é viver o Ricardo, de Escrito na Estrelas?
Humberto Martins: A experiência está sendo fantástica, pois eu aprendo muito com os sofrimentos desse personagem e, ao mesmo tempo, um pouco dolorosa pela concentração intensa que o Ricardo exige. Ele é um cara inseguro, não tem família e tem traumas em função das perdas que teve na vida.

Teve algum momento em que se emocionou muito na novela?
Em todas as cenas eu me emociono. São sentimentos fabricados de uma possível realidade e pensados como memória de emoções.

Escrito nas Estrelas aborda o tema espiritualidade. Você é uma pessoa espiritualizada? Qual é a sua crença religiosa?
Sou uma pessoa espiritualizada, mas não tenho religião. Acredito em todas as religiões que procuram Deus, o bem-estar, a humildade, a solidariedade, a fraternidade e o amor.

O que você acha da trama propor a geração de um bebê a partir do sêmen de um rapaz morto, como com o seu filho Daniel (Jayme Matarazzo), na novela?
Acho bastante justificável a intenção do Ricardo nessa situação, já que ele é um especialista no assunto. Há o sêmen do filho e um laboratório extremamente moderno. Talvez em uma situação como essa eu gostaria de fazer a mesma coisa.

Foto: TV Globo/Alex Carvalho

Jayme Matarazzo e Humberto protagonizam cenas da novela Escrito nas Estrelas, como pai e filho

O Ricardo realmente terá um caso sério com Viviane (Nathalia Dill)?
Acho que terão um envolvimento importante, pois as cenas gravadas até o momento encaminham-se para isso, sugerindo uma união de vidas passadas.

É verdade que você enfrentou uma crise por ser visto como 'homem-objeto' em seus papéis na TV, como em Quatro por Quatro e Kubanacan?
De forma nenhuma, até porque esses papéis me trouxeram benefícios artísticos e dramatúrgicos. Foi apenas um momento de transição adequada a um comportamento particular e também como ator, que envolve maturidade, idade e intenção de carreira.

GDS: O que gosta de fazer quando não está gravando?
HM: Eu gosto de viajar e ser um pouco eu mesmo. Sou mais o Humberto: pai, chefe de família, um cidadão comum. Sou um cara muito simples; uma viagem da minha casa até o pico de surfe no Recreio dos Bandeirantes já está de bom tamanho.

Foto: TV Globo/Frederico Rozario

Ao lado de Elias Gleizer, Humberto fez muito sucesso em Caminho das Índias

Você já foi fotografado correndo, surfando e também jogando golfe. Além desses, há outros esportes que costuma praticar?
Já pratiquei vários esportes: futebol, skate, vôlei, basquete, ski, mergulho, hipismo, equitação, automobilismo, até bola de gude, pipa e carrinho de rolimã (risos). Eu praticava muito esporte pela liga estudantil do colégio, como futebol de salão e natação. Isso me fez um amante do esporte, que é muito importante inclusive para a formação do caráter.

GDS: É verdade que você foi o professor de golfe do ator Rodrigo Lombardi, na época da novela 'Caminho das Índias'?
HM: É, sim, coitado (risos). Ele me pediu desde o início da novela e eu só consegui ensinar quase no final, quando as gravações ficaram um pouco mais calmas. Ele é um futuro grande golfista, pois leva jeito para a coisa e pegou rápido o esquema do jogo.

O que você faz para manter a forma?
Pratico golfe, natação, surfe e stand-up surfe, que é uma modalidade do esporte feita com remo e uma prancha maior. Juntos, eles me preparam como se fosse uma academia. Uns dão mais resistência às pernas e ao abdômen; outros trabalham mais braços e há um conjunto de equilíbrio. Também preso por uma alimentação regrada.

Em 2011, você completará 50 anos. Há alguma crise de idade ou apenas mais um aniversário?
HM: A minha crise de identidade é ficar pensando que a gente vai amadurecendo, envelhecendo e entendendo melhor as coisas. No entanto, o propósito da vida é esse: evoluir.

GDS: Quais são os seus planos para os próximos anos? Pretende continuar nas novelas, partir para o cinema ou teatro?
HM: Não faço planos. Analiso as propostas de trabalho. Meu grande projeto é fazer algo no teatro e no cinema produzido por mim mesmo.


Atualizado em 10 Abr 2012.