Guia da Semana

A vaidade e a procura pela beleza é algo que ronda o mundo das mulheres. Cada vez mais há procuras por cirurgias, peelings e botóx, para terem a pele mais bonita, ou aquela barriguinha dos sonhos. Mas, às vezes, o que pode faltar em algumas mulheres, pode ter a mais em outras. Os seios, principalmente, são o alvo principal por muitas que os aumentam com próteses de silicone, em busca da perfeição. Porém, muitas mulheres têm seios maiores e acabam necessitando da chamada mamoplastia redutora. O Guia da Semana conversou com um especialista e ele explica quando é preciso fazer esse tipo de procedimento cirúrgico e o quanto isso pode prejudicar em sua saúde.

O que é?

A mamoplastia redutora trata-se de uma cirurgia para reduzir ou modelar os seios. Na última pesquisa DataFolha, realizada em 2009, cerca de 55 mil mulheres procuraram por profissionais para realizarem este procedimento cirúrgico. "Os principais motivos que as levam a procurar pela mamoplastia redutora é o peso das mamas, ptose ou flacidez dos tecidos, alterações da postura, dores na coluna vertebral e o formato pouco estético das mamas", explica o membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e cirurgião plástico, Helio Caprio.

Foto: Getty Images


Por que fazer?

Há cinco anos, a contadora Elisângela Santos, 33 anos, realizou a mamoplastia redutora. "Eu tinha muito complexo por ter os seios grandes. Na verdade, com onze anos, eles já eram grandes e isso me incomodava muito", conta. Além disso, motivos de saúde a levaram a procurar um cirurgião plástico. "Com o tempo, comecei a sentir fortes dores na coluna e como trabalho a maior parte do tempo em frente ao computador e sentada, eu não tinha uma boa postura e isso favoreceu as dores nas costas, além de dificuldades respiratórias. Atingiu até mesmo meu psicológico, pois me sentia muito feia, por ser baixinha e tinha um enorme complexo com meu corpo e muita vergonha de usar roupas justas", conta.

O cirurgião plástico Helio Caprio explica que há muitas mulheres que procuram sim pela cirurgia por questão estética, por não gostar dos seios grandes. "Normalmente, nestes casos, há uma desproporção e desarmonia no biótipo, como, por exemplo, mulheres com quadril fino e mamas muito grandes", completa.

Foto: Getty Images


Procedimento cirúrgico

O cirurgião Helio Caprio explica que "a cirurgia visa a remoção dos excedentes de pele, glândula e tecido adiposo, além da modelagem da nova mama. A mamoplastia redutora dura em média de três a cinco horas". Um procedimento assim deixa cicatrizes. "Ela ficam ao redor da auréola, verticais e horizontais, no chamado 'T' invertido, que tendem a tornarem-se muito pouco perceptíveis, depois de alguns meses", relata.

Para a escolha do profissional, Elisângela foi a três médicos. "Eu procurei ver o trabalho de cada um e fiquei mais ou menos um ano para me decidir", conta. No pós-cirúrgico, o paciente precisa ficar de repouso nos primeiros dias. "O retorno às atividades precisa ser progressivo e vai de sete a dez dias. Já exercícios mais pesados, somente após dois meses. É muito difícil um paciente ter algum tipo de reação aos pós-operatório. Só precisa usar as roupas ideais, que são vestimentas leves que não apertem os seios e o sutiã cirúrgico de contenção", explica o cirurgião.

Foto: Getty Images


Dr. Helio ainda explica que em mulheres que têm filhos após terem feito a mamoplastia redutora, pode ocorrer o alargamento das cicatrizes em alguns casos. O correto é ter o acompanhamento médico durante a amamentação para saber se será ou não necessário refazer a cirurgia.

Resultados positivos

A contadora Elisângela Santos ficou satisfeita com o resultado, mas precisará fazer um pequeno reparo. "Gostei muito do tamanho dos meus seios. O médico com o qual fiz a cirurgia foi ótimo e me deu toda a assistência necessária. Mas o meu seio do lado direito não ficou muito bom, pois a cicatriz ainda me incomoda bastante. Então, ainda este ano, farei um retoque para corrigir", revela.

Ela ainda disse que sua autoestima melhorou muito e se sente mais bonita e mais animada para sair. "Antes tinha vergonha de ir à praia e hoje não sinto mais isso. Além disso, no trabalho não tenho mais aquele medo das pessoas estarem olhando ou falando como tinha antes. Me sinto muito feliz", finaliza.


Atualizado em 10 Abr 2012.